domingo, 15 de maio de 2016

Valdiógenes Almeida Cruz Júnior, major bombeiro de 45 anos, mata a esposa Sandra Denise Costa Alfonso, professora de 40 anos, ao descobrir traição pelo WhatsApp







Advogado diz que major matou mulher após ver conversas em app
Homem matou esposa na sexta-feira (13), em escola de Salvador.
Segundo defesa do major, ele foi até o local do crime ao ver mensagens.


Do G1 BA



O major Valdiógenes Almeida Cruz Júnior, 45 anos, que matou a mulher, a professora Sandra Denise Costa Alfonso, de 40 anos, na sexta-feira (13), cometeu o crime ao descobrir uma suposta traição, depois de visualizar mensagens por meio do Whats App. A informação foi dada ao G1 pelo advogado do major, Sérgio Reis, neste domingo (15).

O G1 tentou contatar um familiar da vítima mas, segundo uma amiga de Sandra, a família dela, que é do Pará, está abalada e prefere não comentar o crime. 

Segundo o advogado, a Justiça já determinou a prisão preventiva do major, que está detido após se entregar no mesmo dia do crime. A defesa pretende pedir a liberdade provisória dele. 

Valdiógenes Almeida Cruz já havia alegado em depoimento prestado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na noite de sexta-feira (13), que havia matado a esposa por ciúmes após saber da suposta traição. Ele foi autuado em flagrante por homicídio qualificado.

De acordo com o advogado do major, para visualizar as mensagens trocadas entre a mulher e o suposto amante, o suspeito usou uma ferramenta que reproduzia o que era enviado para ela. "Hoje existe um programa que você pega um "espelho", que visualiza as pessoas que você tem contato. Ele viu várias mensagens e a troca de amabilidade entre eles. Ele não conhece a pessoa [suposto amante] pessoalmente", diz.

Após desconfiar da suposta traição, o major foi até a Escola Municipal Esperança de Viver, no bairro Castelo Branco, em Salvador, onde a professora atuava como vice-diretora.  

"Ele descobriu o relacionamento extraconjugal dela por meio do Whats App e foi pedir explicações a ela para ver do que se tratava. Ela teria confirmado o que estava acontecendo e ele perdeu o controle. Ele desconhece quantos disparos fez contra a vítima", afirmou Reis. A conversa entre os dois aconteceu em uma sala fechada e não foi presenciada por nenhum aluno, segundo o advogado.

O major afirma que está arrependido do crime, de acordo com o defensor. "Ele está completamente arrasado, porque ela era uma pessoa por quem era apaixonado e com quem vivia há 21 anos. Viviam bem e não andavam brigando", diz.


Caso

O corpo da professora foi velado no sábado (14) no cemitério do Campo Santo, no bairro da Federação. Ele será transportado para o estado do Pará, onde família mora, na tarde deste domingo (15). A professora deixa uma filha de 14 anos, fruto da relação entre o casal.

Segundo a polícia, o major se apresentou no DHPP  acompanhado de prepostos da corregedoria dos Bombeiros e advogados.

Ele entregou a arma que usou para matar a mulher, uma pistola ponto 40, de uso pessoal, com oito cartuchos intactos, assumiu a autoria do crime.

De acordo com a Polícia Civil, o corpo da mulher tinha sinais de ferimento nas pernas, clavícula e região da cabeça. A quantidade de tiros que atingiram a vítima só poderá ser confirmada após perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT), para onde a pistola foi encaminhada.

O delegado Marcelo Sansão, que investiga o caso, colheu depoimentos de testemunhas que estavam no local do crime. Todas confirmaram a versão do major, de que ele atirou na mulher quando os dois estavam sozinhos em uma sala da Escola Municipal Esperança de Viver onde, além de professora, Sandra Denise era vice-diretora. O major Valdiógenes ficará detido no Batalhão de Choque da PM, na cidade de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.

Aulas suspensas

As aulas foram suspensas por conta do crime e ainda não há informações de quando as atividades serão retomadas na escola onde ocorreu o crime. A professora Sandra ingressou na rede municipal em 2007 e desde 2010 atuava na Escola Municipal Esperança de Viver.

Em nota, a Secretaria Municipal da Educação informou que a professora era muito querida pelos alunos e colegas de trabalho, que todos estão muito abalados com o ocorrido e que o clima na unidade de ensino é de consternação.



PS: Muito raro alguém confirmar traição conforme alega o major Valdiógenes que a professora Sandra Denise teria confirmado... JS




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