quarta-feira, 25 de maio de 2016

A Coitadização do Mundo






Todo coitado compulsivo é um impelível sado-masoquista...

Seu prazer em se declarar pára-raios de todas agruras da humanidade impõe sofrimento a todos em sua volta...

O tal sofrêncio não possui limites em se vangloriar de se ferrar sempre...

Seu dinheiro nunca dá para nada; sempre está muito mais doente do que qualquer outro que tente lhe comunicar prosaica gripe...

No mistério do mundo mortal tenho o desprazer de circular por entre estas almas penadas dos infernos...

Na vida real ou na tv ocorre um desfilar de todas desgraças egípcias e mais um quinto...

No Luciano Huck  todos são necessitados perenes...

Todo artista do Faustão foi desgraçado pelo destino na infância assim como na adolescência...

No Altas Horas todos vitimados por bullying ou mal amados  com necessários conselhos da sexóloga Laura Muller para abandonarem o onanismo...

O Geraldo Luis da Record não consegue encontrar sequer uma pessoa feliz na vida para entrevistar...

A Eliane do SBT até localizou a Anitta sorridente, mas a colocou numa câmera de ventos para  treinamento de paraquedistas e ambas saíram com cabelo tão horroroso que eu mesmo tive pena apesar delas não solicitarem...

Uma merda...

Mas...

O padrão universal do coitadismo incontrolável é o pianista João Carlos Martins que perdeu os movimentos das mãos e recuperou sei lá como...

Já acompanhei a mesma história uma carrada de vezes e quando começa troco de canal...

Coitado é um ser insuportável...

Só que,  não se toca...

Falando nisto...

Estou com uns problemas por aqui...

Acho que é infarto do miocárdio...

Tremores nas mãos...

Tiques...

Coisa pouca...

Ah, sim...

Um sádico foi colocado para embate com um masoquista:

- Me bate!

- Não bato!

- Me bate!

- Não bato!

E foram felizes para sempre...





Jorge Schweitzer








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