quarta-feira, 4 de maio de 2016

Perito comenta marcas no corpo de Yrna de Souza Castro; Gregório Donizete Freire Neto está internado em clínica de reabilitação






Caso Yrna: perito comenta marcas no corpo e materiais encontrados no apartamento
Os advogados da vítima contestam a versão de que não houve agressão, enquanto os advogados do acusado dizem esperar a perícia


REDAÇÃO WEB - TV DIÁRIO
  


A morte da estilista Yrna de Souza Castro segue sendo investigada pela Polícia. A versão do seu namorado, Gregório Donizete Freire Neto é questionada pelos advogados de defesa da vítima.

"É preciso que a investigação seja feita na sua amplitude. Estão trabalhando em cima de uma versão, de que não houve violência, quando essa violência é visível! No momento, me parece absolutamente inaceitável de que se conduza a investigação a partir do princípio de que não houve violência. A investigação precisa ser redirecionada", disse o advogado Cândido Albuquerque, contestando a versão de que não teria havido agressão.

Para o advogado do acusado, Leandro Vasquez, é precipitado fazer qualquer tipo de afirmação antes do laudo pericial. "A Polícia Judiciária está atuando de maneira absolutamente serena, centrada, e estamos confiantes que no desfecho, se constatará que o Gregório jamais desejou a morte da namorada. Jamais se constatou qualquer tipo de desarmonia, de desentendimento. Infelizmente, o que se verificou foi uma tragédia sem medida", afirmou.

O perito Pedro Amaro, responsável pelo laudo do caso, comentou o andamento da verificação do corpo. "Fizemos o levantamento com base no histórico da ocorrência, que aquela pessoa teria feito o uso de substâncias entorpecentes. Nós encontramos elementos que indicavam o uso dessa substância e todo material foi encaminhado para a perícia para exames complementares. Além disso, conversamos com o médico que fez a necrópsia sobre a questão do que poderia ser encontrado no corpo da vítima e solicitamos exames nas veias da vítima", relatou.

Com relação às lesões, o perito afirmou que também estão sendo avaliadas. "Encontramos algumas manchas no corpo, que podem ter sido causadas com facilidade quando a vítima foi colocada no porta-malas do carro. Não afastamos, no entanto, a possibilidade de essas lesões terem sido causadas por alguém", esclareceu.

Pedro Amaro contou ainda que a vítima tinha marcas que reforçam a versão do acusado sobre as drogas. "Encontramos uma lesão tipicamente causada por uma agulha na junção entre o braço e o antebraço da vítima e, no apartamento, encontramos elementos de que foi feito o uso de uma seringa".

O perito deixou claro, porém, que a análise não foi concluída, logo tudo que for falado é apenas hipótese.

Entenda o caso

Segundo o jornalista e empresário Gregório Donizete Freire Neto, de 27 anos, ele e a namorada fizeram o uso de morfina.

Após perceber que Yrna tinha desmaiado, tentou levá-la a um hospital, mas acabou dormindo por conta do efeito das drogas. Ao perceber que a namorada estava morta, decidiu colocar o corpo no porta-malas do veículo.

De acordo com a Polícia, em depoimento após o ocorrido, Gregório disse que teria se hospedado em uma pousada na Praia de Iracema e tentou se matar. "Os investigadores irão a essa pousada tentar colher informações, obter imagens e intimar o proprietário para inquirição", disse a diretora da divisão de homicídios, Socorro Portela.

O acusado está internado em uma clínica de reabilitação.




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