terça-feira, 24 de maio de 2016

Justiça para Joanna Marcenal: Questão de Honra





A cancelada Audiência de Instrução e Julgamento do Caso Joanna Marcenal, no último dia 18 de maio de 2016 no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi um  escárnio à memória da menina...

André Rodrigues Marins e Vanessa Maia Furtado simplesmente não compareceram...

Todas testemunhas de acusação e defesa, igualmente...

O Juiz da III Vara Criminal, Alexandre Abrahão Dias Teixeira colou recado na porta de entrada do plenário anunciando a oitiva e sequer se deu ao trabalho de explicar razão do cancelamento para a platéia na arquibancada no andar acima atrás do vidro blindado...

Na realidade a platéia atenta era apenas eu...

Ao lado de outros interessados por outros processos criminosos que acompanhei cada um, até o final...

O PM altivo que circulava na platéia repreendeu quem utilizada celular e não ao juiz Alexandre Abrahão que teclava nervoso sabe-se lá enviando recado à quem...

Me senti autorizado a utilizar meu aparelho e enviei recados a quem me acompanhava on line e não fui advertido...

Possível que após lerem o que estou escrevendo eu seja censurado na próxima...

E, estarei presente em quantas sessões  o Judiciário fingir que os bandidos que mataram Joanna serão enquadrados...

Não importa que solitário...

Eu sozinho sou capaz de encher a galeria inteira...

Não necessito de mais ninguém...

Para qualquer um de nós é possível...

Só quero que me avisem se definitivamente abdicaram do que todos juraram cumprir seu papel...

Mesmo quem se atrevia me acompanhar ao largo se esquiva como se estivesse contagioso...

Na realidade, estou...

Minha fatídica lepra vai cepando abraços e consciências...

Os Marins e partners servis enfiaram um rosário de testemunhas desqualificando o processo e tornando impossível que todos compareçam sem serem intimidados...

E, daí, como é fica?

Acabou?

Como se Joanna não tivesse sido torturada e morta de forma monstruosa?

Vida que segue para os facínoras?

Foi tudo um teatro barato que sentimos penas só de nós mesmos e seremos feitos de trouxas?


Foi tudo um jogo em que estes indivíduos vagabundos sairão ilesos?

Nós não faremos nada?

Neste exato instante todos os assassinos que trucidaram Joanna estão me lendo...

Estão mesmo, não tenham dúvidas...

Tentei encontrá-los entrando na portaria do oitavo andar, abaixo do auditório do nono andar da sala 906...

Me prostrei na portaria do final corredor, longe dos seguranças, para ver se  os ordinários arriscariam me encarar debochados...

Vocês não devem estar entendendo a localização exata, porém André Rodrigues Marins conhece cada localização do Fórum e sabe que estive próximo dele...

E...

Queria que se atrevessem...

Torci muito para que ousassem...

Me preparei, naquele dia, para não voltar pra casa...

Infelizmente, voltei...

Não queria voltar...

Nossos limites  desprezam o medo...

Haverá outra Audiência do Caso Joanna...

Estarei lá...

Novamente...

Com certeza!






Jorge Schweitzer






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