segunda-feira, 23 de maio de 2016

Romero Jucá, absolvido pela caduca Justiça madrinha dos afilhados do Poder








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QUINTA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2008






Romero Jucá é um homem sem reticências...

O tamanho de seus parâmetros imorais mede-se em alqueires virtuais despudorados e florestas devassadas de mentirinha num mapa que só ele conhece talvez traçado no Tratado de Tordesilhas...

Jucá deu como garantia de empréstimos, de nosso dinheiro público, terras amazônicas inexistentes...

Pilhado na bandalheira foi enquadrado...

Nem necessitou defender-se...

Bastou esperar a poeira do esquecimento conveniente abaixar aguardando novas ventanias de escândalos de outrens levantando areia em torno de seu oásis refúgio nas cavernas do Poder...

No olho do furacão do escândalo deixou-se escorraçar ladino do Ministério da Previdência como cão teimoso com dono poderoso e barbudo...

A amnésia da opinião pública providenciou Romero hibernar com a morte do Papa, na época, e retornar como advogado endiabrado do governo Lula numa liderança alçada pela fumaça branca do Planalto...

Nesta semana Romero Jucá teve arquivado, pelo STF, seu crime por decurso de prazo...

Sequer necessitou apresentar provas...

Sequer necessitou ser argüido por banca de inquisidores da Justiça representante da sociedade organizada e assaltada...

Utilizou refrão bandido debochado ‘só falo em Juízo’ como qualquer trombadinha das esquinas da Boca do Lixo na certeza da impunidade após tungar nossa carteira em disparada gritando pega ladrão...

Romero Jucá foi absolvido pela caduca Justiça madrinha dos afilhados do Poder...

Quem conhece os meandros lamacentos dos ductos fétidos já haveria de supor...

O Grande Filósofo Petista do Tremedal Palaciano, José Dirceu, já nos havia advertido no centro do furacão do Mensalão, todo Nostradamus da Silva:

‘Um dia tudo isto será piada de salão’...

Acertou na mosca tal um snipper do mal...

E no centro do nosso cerebelo verde-amarelo e nariz redondo avermelhado pela indignação...



Jorge Schweitzer







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