terça-feira, 26 de abril de 2016

José de Abreu, a Cusparada e a Lei Rouanet







José de Abreu fala a verdade quando afirma, no Faustão, que não depende da Lei Rouanet para sobreviver...

Apenas fez duas obras onde requisitou a isenção fiscal terceirizada para montar um Nelson Rodrigues e outro troço sei lá o quê...

Porém, José de Abreu, confessa que todos artistas indiretamente são privilegiados com os descaminhos da Rouanet...

Me perdoam se durante o texto eu for confundindo Roaunet com Roanet ou Rouanet...

Tudo a mesma bandalheira...

Quase ninguém sabe ao certo se tratar de homenagem ao Sérgio Paulo Rouanet quando  metamorfoseou-se de secretário da cultura do governo Fernando Collor para agradar artistas carentes de talento...

Pois bem...

José de Abreu diz apenas utilizar eventualmente o privilégio porém todos seus parentes e amigos do meio artístico dançam, cantam, sapateiam, choram e riem com o privilégio...

José de Abreu afirma que cansativo ficar mendigando estes favores, porém existe uma indústria de escritórios especializados na prática que tratam de fazer o elo entre o desbunde e o refinanciamento da orgia...

Uma quantidade incomensurável de filmes porcarias sequer chegam ao grande circuito e peças sem pé, nem cabeça e sem público  servem para lavar dinheiro abonando fortunas contratadas em troca de mambembes recibos falsos...

Este dinheiro tungado se trata de isenção fiscal da  caixa de bondades da refinaria do Planalto  que não chega aos cofres públicos e reproduz Escolha de Sofia no SUS...

Grana nossa que falta em hospitais decadentes e forja gibeira no triângulo entre o laço e nó do jabá e o paletó...

José de Abreu talvez não seja um artista na essência já que todo desavergonhado de falar em público se acredita ator...

Deixar crescer ou raspar a barba; afirmar-se gay; cuspir na cara de uma mulher; fazer cara de choro ou gargalhar com facilidade  serve igualmente para qualquer outra arte sociopata...

Mario Henrique Simonsen dizia que o grande equívoco da ditadura militar foi perseguir artistas...

Todos outros governos subsequentes resolveram adulá-los com benesses do Erário, sem distinção sobre seus talentos...

Criou-se um feudo de privilegiados que se acreditam donos da verdade absoluta...

Nos adornando  nariz vermelho e longos sapatos de palhaço...

Ao saracotearem asneiras no palco de serragem sob holofotes da TV...

Sem nenhuma capacidade de robustecerem a face...

País de merda!





Jorge Schweitzer




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