Globo
Herculano Barreto Filho
Em mais de duas horas de interrogatório, a falsa psicóloga Beatriz Cunha reconheceu ter cometido o crime de exercício ilegal da profissão por não ter concluído o curso de Psicologia. Mas disse ser inocente das acusações de estelionato, tortura e propaganda enganosa. Ela foi ouvida na tarde desta quarta-feira pelo juiz Alcides da Fonseca Neto, na sala de audiências da 11ª Vara Criminal.
— Na minha experiência profissional, sempre pesou mais a prática. Na faculdade, não se aprende a tratar de crianças especiais. Mas reconheço que eu errei — disse.
Beatriz foi beneficiada por um habeas corpus, concedido na semana passada, e responde ao processo em liberdade. Ela disse que cursou a faculdade até o oitavo período e disse que só não se formou em Psicologia porque possui déficit de atenção, diagnosticado há seis anos. Disse, ainda, que possui qualificação profissional, apesar de não ter obtido diploma de Psicologia.
— O que mais motivou os depoimentos (dos pais e ex-funcionários) foi a quebra de expectativa, a quebra de confiança que tinham comigo. E o estresse acumulado de que eram crianças com autismo, num tratamento com altos e baixos.
Falsa psicóloga tenta inocentar marido
No interrogatório, ela também tentou inocentar o marido Nelson Antunes de Farias Júnior, preso preventivamente por envolvimento em todos os crimes, dizendo que ele não sabia que ela não tinha se formado. Ela também negou que o marido fosse administrador da clínica, ainda que ele tenha assinado documentos assumindo a função.
O interrogatório foi acompanhado por pais e ex-funcionários da clínica administrada por Beatriz, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Na saída, o clima foi de mobilização e revolta.
— Ela (Beatriz Cunha) construiu um império de mentiras e fantasias. Tirou vantagem de um público frágil e indefeso, que são as crianças autistas. Estamos esperando que a justiça seja feita — disse o advogado Gilson Moreira, pai de um garoto de 8 anos.
PS: A falsa psicóloga Beatriz primeiro reconhece a culpa para logo depois debulhar ladainha enfiando a culpa na expectativa e stress dos pais de crianças, algumas que sequer eram autistas... Esta senhora, e o marido, são pilantras, safados... Melhor eu parar não chamar nenhum deles de coisa pior... A Justiça tem obrigação de bater pesado nesses salafrários... JS
..."Na minha experiencia profissional, sempre pesou mais a prática"...
ResponderExcluirEla e´ que precisa de um psiquiatra!