quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mais um PM deve ser preso por participação no assassinato da juiza Patrícia Acioli






Marcos Nunes

Mais um policial militar, além de outros dez que já estão atrás das grades, pode ter a prisão decretada pela Justiça, nos próximos dias, por participar do planejamento e morte de Patrícia Acioli. Lotado no 12º BPM (Niterói) na época do crime, o PM é suspeito de, dias antes do assassinato, ter levado o tenente Benitez e outros dois policiais militares até o condomínio onde a magistrada morava, no bairro de Piratininga, Região Oceânica de Niterói. A informação consta do depoimento do cabo X. dado à Justiça.

Carro custou R$ 4 mil

O PM de Niterói teria sido convidado pelo cabo Jeferson de Araújo Miranda, com quem já teria trabalhado no 7 BPM (Alcântara), para dar as informações que o grupo precisava. De acordo com o depoimento do cabo X., o tenente e dois policiais encontraram o PM do 12º BPM na Praça do Barreto, em Niterói. De lá, seguiram no carro do oficial para o bairro de Piratininga.

O PM indicou, então, o acesso ao condomínio da magistrada e a casa onde a juíza morava. Em seguida, o grupo voltou para Niterói. No depoimento, o cabo afirma que os PMs acusados do crime compraram por R$ 4 mil uma motocicleta Falcon e um Fiat Palio.

Os dois veículos teriam sido utilizados para perseguir a juíza, na noite em que ela foi assassinada. Após o homicídio, o Palio foi incendiado por dois PMs em um descampado, atrás da favela Jardim Catarina, no bairro Santa Luzia, em São Gonçalo. A moto, além de duas pistolas e um revólver 357 que também teriam sido usados no crime, foram levados pelo tenente, de acordo com o cabo X.

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