quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Adriene Cyrilo Pinto confessa que fez disparo contra o próprio dedo dentro do carro do Adriano





Por Janir Júnior e Marcelo Baltar

A estudante Adriene Cyrilo, atingida por um tiro na mão dentro do carro de Adriano na madrugada de sábado, mudou a sua versão inicial nesta quarta-feira, ao assumir a autoria do disparo.

Após acareação e a reconstituição na 16ª DP (Barra da Tijuca), Adriene, chorando, decidiu mudar o depoimento.


- No final da acareação, diante dos questionamentos, ela decidiu recuar, chorou muito e disse que estava arrependida. Depois de muito vai e vem, ela disse que pegou a arma deliberamente e a arma detonou - revelou o delegado Fernando Reis, que contou como foi a reação de Adriano.

- Na saída, ele disse que estava aliviado e também chorou muito.

O delegado disse, no entanto, que o inquérito não chegou ao fim.

- Esta foi mais uma etapa, mas não concluímos o inquérito. O fato de o depoimento dela bater com o testemunho dos outros e com a perícia técnica dá muita credibilidade à confissão, mas a investigação, de maneira nenhuma, chegou ao fim. No final da acareação, diante dos questionamentos, ela decidiu recuar, chorou muito e disse que estava arrependida"
Fernando Reis, delegado

O caso será encaminhado ao Ministério Público.

- As provas estão sendo finalizadas. Terminado o inquérito, será encaminhado ao Ministério Público, que vai decidir ou pelo arquivamento ou pelo indiciamento de alguém.

A estudante de 20 anos recebeu alta do hospital Barra D'Or no início da tarde desta quarta-feira após passar por uma operação que durou cerca de 8h. Adriano e quatro das pessoas que estavam no carro (Júlio Cesar Barros - tenente da PM e amigo do jogador, Andreia Ximenes, Viviane Faria e Adriene Cyrilo) participaram da reconstituição do incidente. Uma policial faz as vezes de uma das mulheres que não compareceu à 16ª DP (Barra da Tijuca).

Adriano ficou a maior parte do tempo no banco dianteiro, como constou na sua versão. Depois, foi para o banco de trás, trocando de lugar com a operadora de telemarketing Andréia Ximenes.

Quando o jogador foi para o banco traseiro, ao lado de três mulheres, os policiais não conseguiram fechar a porta, o que foi contra o depoimento de Adriene. Antes da reconstituição, aconteceu a acareação entre as partes, que durou pouco mais de quatro horas.


Também na tarde desta quarta-feira, três peritos fizeram uma inspeção no carro onde ocorreu o incidente.

Um deles, que preferiu não se identificar, confirmou a perícia realizada no domingo e afirmou que o tiro partiu do banco de trás do carro de Adriano.

Em depoimento na segunda-feira, o jogador contou que estava no banco do carona dianteiro.

No primeiro depoimento, Adriene declarou que o atacante do Corinthians disparou acidentalmente ao manusear a arma.


Acompanhada por uma mulher, que seria sua advogada, Adriene foi a primeira a chegar à delegacia.

Adriano chegou cerca de uma hora depois ao local. Das seis pessoas ouvidas pela polícia, Adriene era a única que dizia que o jogador estava no banco de trás do carro, de onde partiu o tiro.


O advogado de Adriano, Ivan Santiago, o PM reformado Júlio César Barros, proprietário da arma que dirigia o veículo no momento do disparo, e Viviane Faria, outra mulher que também estava no carro, também compareceram.

Adriene foi a primeira a ser ouvida pelo delegado Fernando Reis.

Depois, foi a vez de Viviane Faria e do funcionário da casa de shows de onde Adriano e o grupo saíram quando houve o disparo.

Já ouvido informalmente, ele confirmou a versão de Adriano.


Depois do depoimento do funcionário da casa de shows, peritos, acompanhados pelo advogado do Imperador, fizeram uma inspeção no carro onde ocorreu o incidente.

Ao fim do procedimento, o delegado Fernando Reis, que também acompanhou a perícia, falou rapidamente com a imprensa.

Ele deixou fotógrafos e câmeras de televisão à vontade para registrar imagens do veículo.


- Aqui vocês vão poder ver tudo o que aconteceu, exatamente do jeito que a gente imaginava. Nossa ideia é fazer tudo da maneira mais transparente possível - afirmou Reis.

A operadora de telemarketing Andreia Ximenes, que também estava no carro de Adriano no momento do tiro, estava confiante no esclarecimento do caso.

- Acho que vai ficar provado que o Adriano é inocente - disse Andreia Ximenes.


PS; Resta saber se o segurança do Adriano possui permissão para portar .40 de uso restrito... Só isto... Agora, nunca ouvi falar de alguém disparar contra o próprio dedo... Já vi gente enfiar dedo em ventilador... JS



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