sábado, 24 de dezembro de 2011

Homem confessa que torturava cadela boxer em Rio Negrinho SC


Homem confessa que torturava cadela da raça boxer em SC, diz polícia
Imagens da Polícia de Rio Negrinho mostram rapaz maltratando cadela.
Segundo delegado, homem disse que deu bronca em cão 'indisciplinado'.

Do G1, em São Paulo

A Polícia Civil da cidade de Rio Negrinho, em Santa Catarina, recebeu denúncia anônima no início de dezembro, dos maus-tratos de um morador do bairro Alegre, região central da cidade, contra uma cadela da raça boxer. O homem confessou que maltratava o animal, segundo a polícia.

O denunciante disse à polícia que o animal sofria maus-tratos e era torturado constantemente. Segundo ele, o homem dava chutes, atirava fogos de artifício e a estrangulava.

Com a ajuda da vizinhança, a polícia conseguiu filmar as agressões, e o rapaz foi levado para a delegacia, para prestar depoimento. A Polícia Civil de Rio Negrinho disponibilizou as imagens de parte das agressões em seu blog.

Segundo Rubens Almeida Passos de Freitas, delegado titular da comarca de Rio Negrinho, o agressor disse que a violência era apenas um recurso para dar bronca no animal “indisciplinado.”

A cadela pertencia à namorada do rapaz, que disse à polícia não ter conhecimento das agressões. Embora a tortura fosse frequente, o delegado afirma que a violência não deixava marcas visíveis ou sequelas no animal. “A namorada ficou surpresa quando mostramos as imagens. O rapaz, a princípio, disse que agrediu o animal poucas vezes. Depois que assistiu ao vídeo, confessou que tinha se excedido.”

Ainda segundo o delegado, o rapaz "prestou depoimento tranquilamente, confessou e se mostrou calmo o tempo todo. Era uma pessoa aparentemente sem nenhum distúrbio".

A namorada do rapaz, após tomar conhecimento das imagens, levou a cadela para a casa de parentes. O agressor responderá pelo crime de tortura e maus-tratos. A audiência sobre o caso foi marcada para março de 2012, no Juizado Especial Criminal. A pena prevista é de três meses a um ano de detenção.

Segundo o delegado, na maioria dos casos, a punição é de prestação de serviço comunitário. “É o juiz quem determina, mas geralmente o crime é pago com cestas básicas ou serviço comunitário.”

Na visão do delegado, a divulgação do caso da enfermeira de Goiás que agrediu até matar um cachorro da raça Yorkshire tem colaborado para o aumento das denúncias. “As pessoas estão perdendo o medo de denunciar depois desse episódio lamentável. É importante que ajudem a polícia nesse trabalho", completa.



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