terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Gravações de tenente PM de grupo de extermínio da Baixada






Divulgadas imagens e gravações de PM que seria de grupo de extermínio
Polícia divulgou gravações de conversas de tenente com outros suspeitos.
Ele e outros quatro homens foram presos nesta terça, na Baixada Fluminense.

Do RJTV


A polícia divulgou nesta terça-feira (27) imagens e gravações telefônicas de um tenente da PM, de 28 anos, suspeito de chefiar um grupo de extermínio na Baixada Fluminense.

O policial, lotado no 15º BPM (Duque de Caxias) e outros quatro suspeitos foram preso na manhã desta terça-feira, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O grupo seria responsável por mais de 20 assassinatos.

Nas imagens, o policial aparece de camisa amarela.

Na casa de um dos suspeitos, os agentes apreenderam armas, carregadores e uma réplica de fuzil.

Numa escuta telefônica autorizada pela justiça, o suspeito conversa com um homem não identificado.

Ele oferece os seus serviços e diz que manda numa favela em Belford Roxo.

“Pode me ligar que eu quebro ele na porrada. Quem mata aí sou eu. Mais ninguém”, diz o suspeito.

“Agradecido aí, muito obrigado mesmo, de coração”, responde o homem.

Em outra gravação, outro suspeito, que está foragido, fala com o comparsa sobre a invasão da casa de um traficante na Baixada.

“A bala começou a voar foi comigo lá dentro, parceiro. O moleque trocou tiro comigo lá dentro. Aí ele ficou desesperado, ele ‘Ah, me mata, não, pelo amor de Deus’. Aí agarrei a mulher dele na gravata. Ele foi e jogou a arma no chão”, contou o foragido.

Entre os homens que trocaram tiros com o traficante a quem o suspeito se refere estava o tenente da PM. Ele acabou atingido nas costas.

De acordo com a polícia, para justificar os ferimentos, o PM registrou queixa na delegacia, em que afirma ter reagido a um assalto. Segundo o delegado Ricardo Barboza, de Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), a quadrilha matava por dinheiro e também exigia pagamento de propina de traficantes.

“Eles organizavam operações clandestinas em carros particulares para invadir locais dominados pelo tráfico de entorpecentes com o intuito de extorquir traficantes. E se o valor não fosse pago para a libertação desses traficantes eles executavam", afirmou o delegado da DH da Baixada.

Agora, a polícia vai comparar os projéteis encontrados nas vítimas com as armas apreendidas. Os investigadores esperam que com as prisões desta terça-feira (27), o índice de homicídios diminua na Baixada.

Um dos suspeitos presos admitiu que as armas apreendidas eram dele. Mas negou envolvimento em homicídios. Os outros quatro presos disseram que só vão falar em juízo. Já a Polícia Militar informou que o tenente ficará preso na Unidade Especial Prisional (antigo BEP) e vai responder a um processo administrativo disciplinar.



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