André Marins, o torturador irrecuperável...

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Em um dos livros últimos que li, O Homem de São Petersburgo que narra negociações do iniciante Wilston Churchill a demover que a União Soviética se aliasse aos nazistas, havia uma cena de tortura...

A descrição do escritor Ken Follett é tão detalhada quanto impressionante...

Estarrecedora...

Tanto quanto qualquer tortura pode ser...

O torturador da ficção utilizava métodos bárbaros para aniquilar todas defesas, resistencias morais e físicas da vítima...

Pior...

Cumpria um ritual meticuloso...

Chegava até a antesala da cela balançando as chaves para demarcar sua presença...

Depois, não tinha nenhuma pressa para infringir os castigos mais tenebrosos...

O torturado inicialmente resistia...

Depois entrava em desespero ao associar que ninguém poderia retirá-lo das garras do deformado...

Nos dias subsequentes o torturador ao balançar as chaves já produzia panico sem mais necessidade de sequer encostar ferros quentes ou alicates...

Sinceramente, se possível qualificar comportamentos humanos seguramente o torturador está no último degrau dos evoluídos...

Alguém que amarra seu semelhante para torturar não pertence a categoria dos seres que tenhamos qualquer complacencia com seu destino...

Torturador nem merecem ser considerado humano...

Agora, o que podemos dizer de André Marins e Vanessa Maia Furtado?

O delegado do DCAV, Luiz Henrique Marques Pereira, declarou que André Marins sentia imenso prazer em torturar sua filha Joanna de cinco anos de idade...

Segundo André Marins, sua filha Joanna desenvolveu incontinência que necessitava conservá-la amarrada pelos pés e mãos sobre as fezes e urina...

André Marins não confessou seu crime por ingenuidade...

Nada, André Marins é sujeito esclarecido que sabe exatamente o tamanho do estrago que sua confissão em rede nacional iria produzir...

Mas era incontrolável...

André Marins tem um componente psicopata que além do imenso prazer em torturar, conserva satisfação em se vangloriar de seu feito...

Concordo com o delegado Luiz Henrique que André Marins tinha prazer em torturar a própria filha, mas acrescento que sentia certo orgulho da barbaridade...

Caso André Marins tivesse intenção de se esquivar da acusação da babá poderia a chamar de maluca na entrevista coletiva e depois procurá-la com 30 mil reais para tentar seduzí-la...

Não o fez porque sua prioridade era machucar ainda mais a mãe de Joanna...

Joanna foi só o instrumento o alvo era Cristiane Marcenal...

Acredito que a razão do André Marins e Vanessa Maia Furtado haverem assassinado Joanna merece análise psiquiátrica ao invés de investigação de alienação parental como eles e parceiros do crime sugerem...

André Marins além de bandido é louco incurável...

Se alguém tiver o cuidado de rever a tal entrevista coletiva do André Marins em que ele narra sua deformidade poderão assistir seu então advogado de defesa com cara de panico ao seu lado quase sem acreditar no que seu cliente declara...

Este advogado, logo após a entrevista, deixou o caso...

André Marins é irrecuperável como cidadão...

Nestas horas me ocorre que a Pena de Morte é uma solução final plausível para torturadores...

Agora...

Lógico que torturados desenvolvem reações incontroláveis adestradas sob domínio do medo...

André Marins e Vanessa Maia Furtado conseguiram satisfazerem-se com a sacramentação de um crime que acreditavam perfeito...

Daí produziu-se um milagre possível...

Caramba, vocês devem estar achando curioso um agnóstico falar em milagres...

Pois é...

Eu também...

Joanna - tal uma heroína de nossos melhores sonhos - resolveu contrariar todos desígnios e se manter viva pelo periodo suficiente para mostrar quem e como...

Joanna nos deixou a missão de perseguir seus assassinos...

Para sempre...




Jorge Schweitzer