terça-feira, 13 de novembro de 2012

Pai do menino Rhyan Alves de 4 anos, jogado de ponte no Rio Cuaibá por atual namorado da mãe, faz protesto cobrando Justiça no MT







Pai de criança jogada de ponte em MT se veste de super-herói e faz protesto 

Menino de quatro anos morreu após ser jogado no Rio Cuiabá. 

Familiares e amigos realizaram passeata pelas ruas da capital nesta terça. 

Do G1 MT 

 Fantasiado de super-homem, com uma bola na mão e ainda carregando um buquê de flores, Lauro Pereira Camargo, participou de uma passeata na tarde desta terça-feira (13) como homenagem ao filho de 4 anos de idade que morreu afogado após ser arremessado da Ponte Júlio Müller, em Cuiabá. 

As flores foram em homenagem a ex-sogra que também foi assassinada no último domingo (11), mesma data em que o neto. 

 A manifestação reuniu centenas de pessoas entre parentes, vizinhos e amigos da família, no Bairro Dom Aquino, na capital. 

Eles percorreram várias ruas na região. 

Com cartazes, faixas e muitas orações, as pessoas clamavam por Justiça durante todo o percurso. Elas também protestaram contra a violência. 

Abalada, a mãe da criança, Tássia Alves, de 24 anos, chorou muito durante a o percurso e se manteve em silêncio. 

 O principal suspeito pelo duplo homicídio é o ex-namorado de Tássia, que está preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá. 

No domingo, ele foi até a casa da ex-sogra Admárcia Mônica da Silva, de 44 anos, à procura de Tássia, no entanto, a jovem não estava. 

Na ocasião, ele e a ex-sogra teriam discutido quando ocorreu o assassinato. 

Ela foi esfaqueada e teve o corpo parcialmente carbonizado. 

O neto da vítima, de 4 anos, também estava na residência e foi levado pelo suspeito até a ponte, onde foi jogado por ele no rio. 

O corpo do menino foi encontrado minutos depois por um pescador próximo ao local. 

 O pai da criança também estava abalado durante a passeata e mesmo com o pé enfaixado protestou. 

“Eu morri junto com ele'', desabafou Lauro Pereira. 

Emocionado, ele afirmou que uniu forças para encabeçar o protesto e declarou que o crime não poderá cair no esquecimento. 

“É muito doído. Espero que a Justiça seja feita, não queremos que esse acontecimento passe em branco", ressalvou. 

Segundo Lauro, a roupa do super-herói foi escolhida pelo fato do filho gostar do desenho. 

As flores, conforme ele, são dedicadas à avó do menino que tentou protegê-lo.

“Dona Márcia, muito obrigado. Onde quer que você esteja ao lado do meu filho, estas rosas são para você", agradeceu. 

O presidente da Associação dos Familiares Vítimas de Violência (AFVV), Heitor Reis, cujo filho também foi assassinado em 2008, esteve presente na manifestação e coletou assinaturas pelas mudanças no código penal. “ 

Lutamos pelo fim da impunidade e por meio deste manifesto pedimos o aumento da penalidade por crime hediondo para 50 anos e para que assassinos como estes tenham pena máxima. 

Também para que outros que ganharem a liberdade passem por reavaliação psicológica antes de serem soltos”, ressaltou. 

 Para o trabalhador Jorgemar Pinto, pai do menino Kayto, assassinado em 2010, a dor da perda de um filho é inexplicável. 

Ele destaca que neste momento o apoio à família é muito importante. “O desejo é que a pessoa que cometeu o crime nunca saia da cadeia, pois, não tem nem como classificar quem tem a coragem de assassinar uma criança'', pontuou em entrevista ao G1. 

 Muitas crianças também participaram da passeata como homenagem ao menino. 

O avô da criança, Luiz Alves, contou que a filha já havia rompido o relacionamento com o suspeito e que durante o relacionamento do casal, ele já se mostrava agressivo. 

“ Minha filha rompeu o relacionamento porque ele [ suspeito] já havia agredido ela. Tássia chegou a registrar um boletim de ocorrência na polícia, '' enfatizou. 

Depoimento Horas depois do duplo homicídio, o suspeito foi preso na residência dele. 

De acordo com a Polícia Militar, o rapaz, que trabalha com instalações eletrônicas, chegou a ir até o local de trabalho, porém, voltou para casa depois de desconfiar que uma equipe da polícia realizava rondas pelo local. 

Ao ser preso, ele foi para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), do bairro Planalto, na capital. 

Em seguida, encaminhado para a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). 

Ao G1, o delegado José Sperândio disse que o suspeito preferiu não se manifestar durante o primeiro depoimento e chegou a declarar que iria falar sobre o caso somente em juízo.





2 comentários:

  1. Pergunta: porque um assassino desses deve viver??? Qual o objetivo de manter um assassino covarde vivo? Porque um monstro cujo ato de crueldade vai além do que palavras poderiam chegar será sustentado por nós, isso se ele de fato for preso porque se tiver parentes na política JAMAIS SERÁ PRESO!!!!!

    A única coisa próxima de uma justiça é a morte desse assassino. Não há como justificar a vida desse monstro. Deve morrer, deve ser apagado da face da Terra e sua memória só deve servir para lembrar do quanto o mundo seria melhor sem esses animais.

    Otávio

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  2. Depois de um longo silencio, finalmente...

    "Otávio"

    Se fosse em uma outra ocasião te daria bons motivos para pensar diferente, e que a morte nem sempre é a solução.

    Mas, estou no meu momento angustia entre o ser e o nada.

    Porém, em sua homenagem estou rompendo com o meu silencio comovido, só pra te deixar um forte abraço.

    Marinalva

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