sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Operação Estocolmo prende quatro por abuso sexual infanto-juvenil
Polícia deflagra operação em Manaus contra integrantes de uma rede de exploração sexual infanto-juvenil
Até às 8h, quatro presos já haviam sido encaminhados para a sede da Delegacia Seccional Sul, no bairro Colônia Oliveira Machado, na Zona Sul de Manaus, juntamente com o material apreendido Manaus , 23 de Novembro de 2012
ACRITICA.COM
Presos e material apreendido na operação foram encaminhados para a sede da Delegacia Seccional Sul (Arquivo A Crítica ) A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira (23), em Manaus, a Operação Estocolmo para prender integrantes de uma rede de exploração sexual infanto-juvenil.
De acordo com o delegado geral de Polícia Civil, Josué Rocha, as investigações correm em segredo de Justiça. Cinquenta policiais civis participam da operação, que também conta com o apoio de uma equipe da Polícia Federal.
Ao longo da manhã vários mandados judiciais de prisão e busca e apreensão estarão sendo cumpridos na capital.
Um dos mandados de busca e apreensão ocorreu no apartamento do cônsul da Holanda, Vitório Nyenhuis, no condomínio Riviera da Ponta Negra, no bairro Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus, onde algumas mídias foram apreendidas e serão encaminhadas para a perícia técnica.
Outro mandado de busca e apreensão ocorreu no condomínio Jardim Europa, também na Ponta Negra. Até às 8h, quatro presos já haviam sido encaminhados para a sede da Delegacia Seccional Sul, no bairro Colônia Oliveira Machado, na Zona Sul de Manaus, juntamente com o material apreendido.
Cumplicidade Batizada de Operação Estocolmo, o nome é uma alusão à síndrome de Estocolmo, um estado psicológico em que a vítima de um sequestro ou detida contra sua vontade cria laços afetivos com o raptor. A síndrome surge a partir de tentativas por parte da vítima de se identificar com o captor, o que faz com que o prisioneiro desenvolva um laço afetivo contra o seu algoz.
Esta “solidariedade” pode muitas vezes tornar-se numa verdadeira relação de cumplicidade, chegando muitas vezes as vítimas a defender os seus sequestradores e mesmo a ajudá-los a fugir ao cumprimento da lei.
Prevenção
Às vésperas da Operação Estocolmo ser deflagrada, o empresário Waldery Areosa Ferreira conseguiu autorização da Justiça do Amazonas para ter acesso ao inquérito policial aberto pela Delegacia Especializada em Proteção e à Criança e ao Adolescente (DEPCA), no qual é, em tese, investigado, às vésperas da operação ser posta em prática.
A autorização foi dada pelo juiz plantonista Julião Lemos Sobral Júnior na última terça-feira (20), que pediu esclarecimentos da titular da referida especializada, Linda Gláucia de Moraes, num prazo de 48 horas.
O Ministério Público do Estado (MPE/AM) se posicionou contra a decisão. Na ação movida contra Linda Gláucia, o empresário Waldery Areosa afirma ter recebido informações, “através de rumores”, da abertura de uma investigação contra ele na DEPCA.
No pedido ao juiz, ele afirma ter o direito de ser informado sobre a investigação.
“Como é de notória sabença, ainda que o inquérito esteja sob segredo de justiça, as autoridades policiais devem garantir o amplo acesso do investigado aos autos para que este exerça seu direito de defesa, conforme a inteligência da Súmula Vinculante 14, do Supremo Tribunal Federal”, argumenta a advogada do empresário, Jéssica Gomes Ferreira, em pedido enviado à Justiça no último dia 20 deste mês.
A defesa do empresário ainda argumenta ter informação de que a delegada Linda Gláucia “está requerendo de forma açodada e arbitrária a prisão preventiva do paciente, em flagrante violação às garantias constitucionais da presunção da inocência e não culpabilidade, o que provocará constrangimento ilegal e graves prejuízo sem seu patrimônio moral”.
PS: Pois é, quando a Polícia e o Judiciário resolvem agir é possível prender quem abusa de adolescente mesmo com o argumento dos criminosos que se tratam de crianças acima de 14 anos de idade... A tese da Síndrome de Estocolmo se encaixa com perfeição nestes casos em que menores de tornam reféns através de terrorismo psicológico com ameaças, promessas, presentes ou vantagens futuras... Abusou de menor de idade tem que parar na cadeia e ser escrachado, independente de posição social, profissão ou proximidade de influência com 'autoridades amigas'... Criminoso com melhor grau de escolaridade deveria ter pena potencializada por possuir discernimento completo sobre seus atos... JS
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