A Zearroelização do Brasil e Freakilização do Mundo

Tenho andado assim meio que Oswaldo Montenegro, sabe?!

Gaivotas, condor e bandolins...

Tô chato mesmo...

Alguns até gostam, outros acham mala...

Vou embolorando leitores na minha despensa da ilusão...

Necessito repintar minha geladeira com jet e pichar minhas paredes e meia também...

O Mundo gira e a Lusitana roda...

Menos eu...

Necessito dar um tempo de reciclagem...

Clamar em voz alta sobre a zéarroenização do Mundo...

A freakinização do Universo...

Esvoaçar os urubus de Estamira...

Decifrar as Treze Caveiras de Cristal...

Mergulhar no mesmo aquário ameaçador que recorta minha precipitação humana afogado em mágoas na Ilha da Morte sem conseguir respirar...

Adentrar câmaras e corredores  de todas  torturas clandestinas que não evitei...

Entender a falta de paz do meu Teatro dos Vampiros...

Tentar recriar meu sonho indomável assombrando minha covardia...

Ecoar versos da caverna que encantem todas luzes do fim do túnel multicolorido da Fé que abandonei...

Não tenho pena de mim mesmo...

Temo sentir medo a não me permitir dormir...

Isto nunca...

Durmo feito adolescente...

E ainda saio por aí feito fiel  sonâmbulo para compensar a letargia da acomodação...

Putz...

Eu comecei tentando fazer graça e perdi a piada...

Ia falar sobre a brasilização do Planeta...

Deixa pra lá...

Acho que estou precisando de um pouco de atenção...

Só me alertam do que não gosto...

Ninguém me avisa até onde posso chegar...

Assim como um sonho bom...




Jorge Schweitzer