La vita è bella

Hoje recebi um recado que a pessoa solicitou que eu não reproduzisse... No recado ela comenta sobre A Vida ser ou não Bela ao olhar a tela em branco que ainda não começou a pintar...  Possível que ela não conheça este texto abaixo que postei há algum tempo mas entenderá a sincronicidade inacreditável... Quando o quadro estiver pronto vocês irão entender... JS














"Hay que endurecer pero sin perder la ternura jamais"!

Em Valle Grande existe uma antiga lavanderia, nos fundos de um hospital, onde o corpo de Che foi depositado em cima de tanques...

Do lado de fora da modesta construção a romaria de turistas repete quase sempre a mesma pixação acima nas paredes...

Lembro que escrevi somente meu nome que o tempo e os ventos das cordilheiras já devem ter apagado...

Difícil não perder a ternura...

Ontem assisti um filme que mostra claramente este exercício humano...

Revi "A Vida é Bela"...

Em vezes anteriores este filme me proporcionou outras comparações...

Guido Orefice (Roberto Benini) jamais permite que seu menino Giosuè Orefice esmoreça ou se deixe tomar pelo medo, pânico ou desesperança...

Mesmo dentro de todo sofrimento ele encontrava maneiras de abrandar a dor e fazer outros rirem...

Mesmo quando Guido está para ser fuzilado ele zoa de seu carrasco...

Jamais se permitiu acovardar-se...

E deu certo!

Sabe aquele soldado do tanque no final filme?

Meu olhar embaçado de emoção o confunde com 5.300 outros soldados do Abaixo Assinado que pretendem devolver para a Mãe a criança com sua memória sem arranhões...

Inteira....

A Justiça nos ajudará...

Iremos até o final; transferindo nosso coração para a sola do pé quando necessário, mas sem perder a ternura jamais...



Jorge Schweitzer