A Maldição Jorge Schweitzer aconselha que nenhuma mulher deva me odiar para sempre...

Há muitas luas...

Quando as asas da paixão me confiscaram uma amada partindo meus sonhos quebrados...

Fiquei borocoxô...

Um trapo...

Então...


Piorou tudo quando certa vez eu tentava esquecê-la e um amigo (da onça) veio me informar:

- Jorge, acabei de encontrar a Simone...

- E daí, daí: ela estava com alguém?

- Não, só com umas amigas...

- Poxa, ainda bem, deve estar sofrendo muito, um caco,  e tentando se conformar sem mim...

- Parecia não, Jorge...

- Lógico que está pior que eu...

- Jorge, com todo respeito ela está linda e se preparavam para ir para um baile no Estudantina...

Nada pior que os ventos do norte de um linguarudo maldito sacolejando as folhas dos jardins da nossa alma sombria  com amor já  agora despossuído ...

Mas...

Resolvi não mais permitir que o crepúsculo da ingratidão de mulheres desalmadas atormentem meu coração ferido...

No meio das brumas do abandono desenvolvi magia  metafísica que atende por 'Maldição Jorge Schweitzer'...

Isto mesmo...

A partir de então todas minhas ex-mulheres não mais terão paz mesmo que adormeçam em louvor como se eu fosse um bem amado perene...

Amanhecerão a cada manhã seguinte com mais 500 gramas diárias...

Se a senhôra considerar que o ano possui 365 dias, imagine o estrago...

Dá quase 100 arrobas anuais..

Um estrago completo...

Dia desses a Simone me fez sinal na Barão de Ipanema  e só a reconheci  os olhos verdes...

Passei direto...

Temi pelos amortecedores do meu carro...

Melhor me amar para sempre...

Nem que seja de mentira...

Por favor...



Jorge Schweitzer