quarta-feira, 23 de maio de 2012

Policia caça comparsa de Isaac Paula de Moraes na execução de José Fernandes dos Santos Reis encomendada por sua mãe Maria Selma Costa dos Santos






Polícia busca mais um acusado de matar filho a mando de idosa na Baixada
Na casa de Maria Selma Costa dos Santos, de 70 anos, foram apreendidos R$ 147 mil em dinheiro

Rio - A polícia procura mais um suspeito de participação no caso do assassinato encomendado pela mãe da vítima na Baixada Fluminense. Isaac Paula de Moraes recebeu R$ 20 mil de Maria Selma Costa dos Santos, de 70 anos, presa nesta terça-feira acusada de mandar matar o próprio filho no dia 29 de novembro de 2011, na porta de sua casa, na Rua José Alvarenga, Centro de Duque de Caxias.

Agentes acreditam que Isaac atuou com a ajuda de um comparsa, já que chegou ao local do crime em uma motocicleta. "Um outro elemento está sendo procurado", disse o delegado Márcio Esteves, da 59ª DP (Duque de Caxias), ao RJTV.

O caso ocorreu na Rua José Alvarenga, Centro de Duque de Caxias. A empregada doméstica da acusada, Maria José da Silva, de 42 anos, confessou sua participação nos planos para o assassinato. Ela contou em depoimento o que Maria Selma teria dito após ouvir a vítima ser atingida pelos disparos: "São tiros, graças a Deus que foi para o inferno".

José Fernandes dos Santos Reis, de 52 anos, foi morto com três tiros, dois na cabeça e um no tórax. Segundo a Polícia Civil, o homicídio foi motivado pelo interesse da mãe da vítima em administrar sozinha uma loja de móveis da família.


As investigações apontam que a autora do crime pediu para que a empregada doméstica da família contratasse o executor, o segurança de rua Isaac. As duas acusadas foram presas em cumprimento a mandados de prisão, expedidos pela Justiça.

Família tradicional

A mãe da vítima estaria insatisfeita com a forma que o filho administrava o patrimônio e com o dinheiro que recebia. A polícia investiga a participação no crime de um comparsa de Isaac, já que este chegou ao local de moto. Na casa de Selma, foram apreendidos R$ 147 mil. A família possui imóveis em Caxias. O primeiro prefeito eleito pelo voto popular na cidade, nos anos 40, Gastão Glicério de Gouveia Reis, era avô do empresário.

A autoria do crime começou a levantar suspeita quando a diarista depôs pela primeira vez com um advogado. “Como uma mãe que tem seu filho morto contrata advogado para acompanhar as testemunhas na investigação do crime? Nunca tínhamos visto isto”, comentou o delegado Márcio Esteves.

Depois, Maria José confessou o crime: “Ela disse que Selma pagou R$ 5 mil uma semana antes do crime a Isaac e R$ 15 mil depois”, disse Esteves.

‘Bênção’ na hora do adeus

Maria Selma depôs em fevereiro na 59ª DP (Caxias), onde contou que ‘se dava muito bem’ com José. Disse ainda que, no dia do crime, às 19h30, abençoou o filho, que estava em sua casa, quando ele se despediu ao ir embora. Selma contou que, logo depois que José Fernandes saiu, ouviu disparos e gritos, mas que pensou serem fogos.

Ao abrir a porta de casa, viu tumulto e que seu filho tinha sido atacado. Ela disse que, em seguida, pessoas desconhecidas lhe deram calmantes. Selma contou que foi ao enterro e, após o crime, ficou oito dias na casa de vizinha. À polícia, garantiu que não ouviu comentário que ajudasse a prender o assassino. E mais: que não sabia onde ele trabalhava mas que era construtor, comprando e reformando imóveis. Ontem, não quis prestar novas declarações.

Segurança de rua matou a vítima na terceira tentativa

Empregada da casa, Maria José depôs há uma semana na 59ª DP, onde contou que foi procurada por Selma duas semanas antes do crime. Segundo o depoimento, a idosa falou que precisava contratar um matador para executar o filho, que queria matá-la. A faxineira disse que Selma acusava o filho de estar passando os bens da família de maneira fraudulenta para o nome dele, tomando tudo da família e que iria deixá-la ‘no olho da rua’.

Maria José contou que tentou várias vezes fazer com que Selma desistisse do plano, mas que ela rebatia dizendo que ‘se fosse para morrer, que fosse ele primeiro’. As duas combinaram senha para saber que Maria José já tinha encontrado alguém para o ‘serviço’: deveria ligar dizendo que havia achado a ‘cozinheira’.

A faxineira contou que fez a proposta a Isaac e levou o dinheiro para ele. Após receber R$ 5 mil, Isaac teria tentado matar José duas vezes, mas só conseguiu na terceira. Segundo Maria José, a patroa, após o pagamento inicial, a pressionava para que o ‘serviço fosse logo executado’.

Segundo a diarista, Selma chegou a dizer que se ela mesma iria à Favela do Lixão, em Caxias, contratar os matadores se o ‘problema não fosse resolvido’. Ao ser presa, a diarista contou que não recebeu dinheiro pelo crime, se mostrou arrependida e alegou que foi pressionada por Maria Selma a participar da trama.

Há cerca de dois anos, a vítima, que era casada e tinha filho de 15 anos, se mudara de Ipanema para a Barra da Tijuca.

Rotina informada ao matador

Segundo o depoimento da diarista, foi Selma quem deu detalhes sobre a rotina do filho ao assassino. Ela contou que a mãe da vítima informou a cor do carro de José, o endereço em que estaria, a hora em que o segurança do filho saía e até que ele teria que ser morto quando fechasse o portão e antes de entrar no carro, que era blindado.

Segundo Maria José, a patroa a orientou a dizer à polícia que não sabia de nada. No depoimento, a diarista disse estar com medo e afirmou que Selma é perigosa e que nunca se arrependeu do que fez.




PS; Inexiste hipótese de mandante de crime sair impune... Matador contratado é testemunha perpétua da encomenda que perseguirá o arquiteto do assassinato até a tumba cobrando sempre mais pelo silencio... JS

2 comentários:

  1. Como uma mãe ousa matar o próprio filho ?
    Que mãe poderia desejar a morte do próprio filho ?
    Essa criatura ainda vai disputar a chefia do inferno com o capeta...
    Que horror!
    R.M.

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