Existem notícias que desafiam a razão. Esse é o país que resolveu emprestar dinheiro ao FMI. É o país que literalmente para por uma semana pra dançar e pular de "felicidade". É o país de uma mídia totalmente vendida, onde qualquer lixo de futebol, BBB, novela, desfile de moda, causa muito mais comoção e tem muito mais atenção do que a violenta e trágica realidade abaixo. Otávio
A greve de PMs na Bahia abriu terreno para milícias praticarem uma matança na periferia de Salvador, informa reportagem de Graciliano Rocha, Rogério Pagnan e Fábio Guibu, publicada na Folha deste sábado.
Os alvos são usuários de drogas, moradores de rua e desafetos dos grupos armados que detêm o controle, de fato, de áreas mais violentas.
As milícias baianas são grupos paramilitares bancados por comerciantes para manter a ordem na periferia.
A inteligência da Polícia Civil já detectou que os grupos operam sob proteção de policiais em áreas como Subúrbio Ferroviário, aglomerado de bairros e favelas vizinho à baía de Todos os Santos.
"Esses grupos estão se aproveitando da greve, que reduziu o policiamento, para 'limpar' a área e matar quem estava incomodando", disse à Folha o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa, Arthur Gallas.
Segundo ele, há evidências de que milicianos e traficantes de drogas tenham assassinado pelo menos 38 pessoas desde o início da greve da PM, no dia 31 de janeiro.
Até ontem, foram 157 homicídios em Salvador e na região metropolitana.
Existem notícias que desafiam a razão. Esse é o país que resolveu emprestar dinheiro ao FMI. É o país que literalmente para por uma semana pra dançar e pular de "felicidade". É o país de uma mídia totalmente vendida, onde qualquer lixo de futebol, BBB, novela, desfile de moda, causa muito mais comoção e tem muito mais atenção do que a violenta e trágica realidade abaixo.
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A greve de PMs na Bahia abriu terreno para milícias praticarem uma matança na periferia de Salvador, informa reportagem de Graciliano Rocha, Rogério Pagnan e Fábio Guibu, publicada na Folha deste sábado.
Os alvos são usuários de drogas, moradores de rua e desafetos dos grupos armados que detêm o controle, de fato, de áreas mais violentas.
As milícias baianas são grupos paramilitares bancados por comerciantes para manter a ordem na periferia.
A inteligência da Polícia Civil já detectou que os grupos operam sob proteção de policiais em áreas como Subúrbio Ferroviário, aglomerado de bairros e favelas vizinho à baía de Todos os Santos.
"Esses grupos estão se aproveitando da greve, que reduziu o policiamento, para 'limpar' a área e matar quem estava incomodando", disse à Folha o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa, Arthur Gallas.
Segundo ele, há evidências de que milicianos e traficantes de drogas tenham assassinado pelo menos 38 pessoas desde o início da greve da PM, no dia 31 de janeiro.
Até ontem, foram 157 homicídios em Salvador e na região metropolitana.