domingo, 26 de fevereiro de 2012

Arrastão na Pedra da Gávea


Vítimas do arrastão na trilha da Pedra da Gávea aguardam o trabalho da polícia
Vítimas do arrastão na trilha da Pedra da Gávea aguardam o trabalho da polícia Foto: Márcia Foletto/ O Globo

Carolina Heringer

A manhã de ontem começava tranquila para Felipe Marinho, de 19 anos, e três amigos. Como já fizeram outras vezes, os jovens começaram a subir a trilha da Pedra da Gávea às 5h. Cansados, resolveram descansar. Meia hora depois, às 7h30, foram acordados por tiros disparados por três homens que faziam um arrastão na trilha.

— Eles já chegaram nervosos e agressivos, atirando. Pareciam estar drogados — relatou um dos jovens.

Depois de levarem dinheiro e aparelhos eletrônicos do grupo, os bandidos deram uma ordem: que eles só descessem de volta duas horas depois.

— Um deles ameaçou nos matar se nos encontrasse na trilha — relembrou Felipe.

Cerca de 40 pessoas foram roubadas no arrastão, que começou às 7h, quando o primeiro grupo foi assaltado. Num domingo de céu azul, o número de vítimas poderia ter sido ainda maior. A polícia só foi acionada porque um policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que estava em seu primeiro dia de férias, fazia a trilha e deparou-se com os bandidos, por volta das 7h45.

O agente chegou a fazer dois disparos contra os criminosos, que fugiram levando um refém de cerca de 30 anos. Logo a frente, eles liberaram o homem e seguiram em fuga. Policiais da Core, Batalhão de Operações Especiais e 23º BPM (Leblon) fizeram buscas na mata, mas não encontraram os criminosos. Um helicóptero também foi utilizado nas buscas. O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca), onde as vítimas prestaram depoimento.


PS; É de alto risco este tipo de passeio... Nem imagino de que forma a Polícia possa garantir segurança nestes eventos... JS

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