terça-feira, 30 de outubro de 2012

A Moça


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Então...

Nossos amores nunca vão embora definitivamente...


Eles permanecem para sempre, mesmo sem sua presença física...



Por vezes não o vemos mais, mas não o perdemos...



Continuamos com as mesmas sensações de prazer mesmo sem eu poder tocá-la...



Como o vento que remexe seus lindos cabelos loiros com a mesma delicadeza da minha mão aquecida na cuia de chimarrão com a chaleira ao fogo...



Como o  Minuano, fazendo curva nas coxilhas, assovia sons melodiosos que somente você e eu conseguimos traduzir...



Como o eco daquela gargalhada trocada na sombra de um cinamomo na frente da tua casa branca numa onda de carinho...

Como a  janela veneziana verde aberta para a noite estrelada de Cruzeiro do Sul em comunicação direta com a paisagem em preto e branco que te ensinei colorir...

Como a exuberância do Lago Negro em ruidoso silêncio depois de nossa  inesquecível tempestade inteira...

Pôs bueno...

Não fique triste, embora com nosso coração cortado pela lâmina cruel da separação...

Fazer o quê?

Tenho que  ir embora...

Mas...

Ficarão nossas frases, 
longos silêncios,  conselhos largos e  justas pegadas...

Para sempre...

Pluft!



Jorge Schweitzer








Um comentário:

  1. Quem sabe num desses caminhos vc não encontra sua alma gêmea.

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