domingo, 28 de outubro de 2012

Alunos criam página no Facebook sobre 'segredos sujos' em colégios





Thiago Barros 

Cada vez mais, pessoas estão tomando ciência da força do Facebook e utilizando-o para protestar. 

Os alunos do colégio Penistone Grammar, em Barnsley, na Inglaterra, foram algumas delas. Um grupo de jovens criou o grupo “Penistone Grammar School’s Dirtiest Secrets”, ou “Segredos Sujos da Escola de Gramática Penistone”, que já foi curtido por mais de 600 usuários e divulga as mais variadas mensagens sobre casos polêmicos ocorridos na escola. 

Na descrição do grupo, os responsáveis escreveram: 

“Me mandem uma mensagem com seus segredos e vou colocá-los aqui, de forma anônima”. 

A página, no entanto, não agradou aos diretores do colégio. Um deles, Geoff Baddock, por exemplo, explicou que já entrou em contato com as autoridades para tentar fazer com que o perfil seja retirado do ar. 

“Avisamos aos alunos que é impróprio e que eles estão se arriscando. Vamos tomar as ações necessárias contra pessoas que possam acabar com a reputação de outros alunos. Um dos aspectos da mídia social é que crianças a utilizam para postar as coisas sem saber as consequências disso”, avaliou. 

O diretor de proteção à criança do colégio, Peter Crook, chegou a entrar no site e publicar uma mensagem pedindo que os alunos que desenvolveram o grupo o apagassem “o mais rápido possível”. 

Segundo ele, se isso não acontecer, a escola “vai demorar o tempo necessário para descobrir quem criou e punirá severamente os responsáveis”. 

A postagem, porém, não teve muito apelo e o site segue no ar. 

Outra página é tirada do ar 

Outro grupo, chamado “Kirk Balk’s Dirtiest Secrets”, que denunciava os “segredos sujos” do colégio Kirk Balk, também foi identificado nos últimos dias. Neste caso, no entanto, três alunos da instituição, que foram identificados como criadores da página, acabaram expulsos da escola. 

A diretora Val Malcolm explicou que o site possuía comentários “infantis e inconsequentes” e que, por isso, os responsáveis precisariam pagar pelo que fizeram. 

Neste caso, o Facebook tomou uma posição. Depois de ser contactado pela escola, a rede social removeu o grupo por dizer que ele “quebrou os termos de serviço” do site. 

Diversos outros colégios da região, como Barnsley College e Darton College também têm páginas como esta e estão tentando fazer alguma coisa para que elas sejam excluídas.


PS: Se o Facebook se negar reproduzir as queixas, certamente os alunos encontrarão outro caminho, não há como interceptar nada na Internet se não através da Justiça... Acredito que um dos tópicos temidos seria em relação a professores(as) abusarem de menores de idade que até então não se tinha conhecimento público e a Rede tem proporcionada uma enxurrada de casos... Colégios, escolinhas de futebol e instituições religiosas costumam abrigar pedófilos que procuram por lá terreno propício para exercitarem anomalias e quem as dirige finge que não vê... Não há mais como evitar a divulgação destes casos na Rede... Possível que pedófilos(as) que foram manchete de jornais recentes tenham tido outros casos com alunos(as) e as vítimas sentem-se constrangidas em contar... A Internet pode ser o caminho... A iniciativa desses adolescentes inspirará outros em efeito dominó... Pode ser o caminho certo para expurgar do meio quem insiste em permanecer crendo na impunidade do silêncio dos meninos... JS



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