sábado, 20 de outubro de 2012

O Vento e a Flor










Teve um dia, minha senhôra...

Que morri de amor...

Morri mesmo...

Morte esfaqueada...

Dilacerante...

Acredite...

Não estou mentindo...

Não sou homem de mentiras...

De braços abertos deixei a paixão incandescente transpassar meu peito...

Coisa terrível...

Horripilante...

Concordei imolar-me...

Como em oferenda...

Não duvide...

Por favor...

Imaginei que jamais sobreviveria daquele turbilhão que me entorpecia os sentidos...

Até ser tocado por um carinho...

Que me reconduziu à vida...

Melhor viver de amor...

Não é, minha senhôra?





Jorge Schweitzer








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