quinta-feira, 14 de julho de 2011

Babá Leila Vanelli Ferreira => Imagens apresentadas a policia não mostram absolutamente nada de tortura

.








Paolla Serra

Leila Vanelli Ferreira, de 33 anos, foi presa na última terça-feira e indiciada por tortura pelo delegado Fábio Corsino, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV). A babá é acusada de agredir uma criança de 2 anos, filha de um juiz e uma advogada que moram na Barra da Tijuca. A pena por tortura vai de dois a oito anos de prisão, e pode ser aumentada de 1/6 a um terço quando a violência é contra uma criança, como é o caso. Especialistas ouvidos pelo EXTRA, todavia, assistiram aos vídeos das câmeras instaladas nos cômodos da casa — e usados como sustentação do indiciamento pela Polícia Civil — e afirmam que as imagens não são suficientes para enquadrá-la no crime.

— As imagens não mostram absolutamente nada de tortura. Quem a colocou na prisão por isso deve ser responsabilizado civil e criminalmente — afirma o advogado Paulo Ramalho.

Para o perito criminal Mauro Ricart, ex-diretor do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), são necessários outros indícios para fundamentar a acusação:

— Há pessoas que não são tão delicadas e carinhosas para lidar com crianças. Parece ser o caso dessa moça, que tem movimentos bruscos e rudes, mas não violentos.



Jairo Werner, chefe do setor de Neuropsiquiatria infantil da UFF e professor da Uerj, diz que não é possível avaliar através das imagens se a babá tinha a intenção de machucar a criança.

— A menina senta no colo dela, deixa ela cortar as unhas, trocar a roupa. Pode ser que ela tenha alterações de humor, seja impaciente. Mas nada que vemos nas imagens tipificam maus-tratos, tampouco tortura — alerta o especialista, que lida há 30 anos com crianças.

O advogado João Tancredo afirma ter ficado chocado ao ver as imagens e saber que elas foram usadas como base na acusação de Leila. Para ele, a atitude da Polícia Civil "banaliza a prisão temporária":

— A lei que não protege o indivíduo não serve. É preciso que eles tenham cuidado.

Já o criminalista Georges Akra pondera que o inquérito, que deve ser concluído em 30 dias, precisa ter prova testemunhal, exame de corpo de e acompanhamento terapêutico que comprove a tortura da babá.

O juiz pai da menina foi procurado pelo EXTRA, afirmou inicialmente que iria se pronunciar mas, depois, não atendeu os telefonemas. Ele disse apenas que a menina está assustada depois de do que aconteceu.




Um comentário:

  1. O video, parece se tratar de uma pessoa que tem cuidados com relacao a higiene e alimentacao da crianca, porem ela e rude(Ignorante)Acho que o pais dessa crianca deveriam chamar a atencao dela(baba)ou demiti-la.

    ResponderExcluir