Caso Joanna

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"Boa noite, Jorge.


Infelizmente não consigo fazer texto sobre Joanna. A única coisa que posso dizer é que realmente Joanna mudou nossas vidas. Hoje vendo o caso da criança maltratada e torturada pela madastra e pai em Salvador, fiquei perplexa e chorei muito. Quando vi o caso da creche em Goiânia, fiquei mais perplexa ainda, as cenas dela pegando crianças de 2 anos jogando no chão, raspando mão na parede é revoltante. Olha Jorge, é muito sofrimento. É muito fácil jogar todas as nossas insatisfações, tristezas, frustrações em cima de uma criancinha indefesa. Jogar sua infelicidade no outro é muito fácil, mas nunca resolverá sua infelicidade interior. Eu penso todos os dias na Joanna, penso muito nela e tenho fé que existe um conforto Divino para ela. Mas também penso muito na Cristiane, penso que somente a fé fará com ela tenha forças para cuidar de seus outros filhos.
Sabe, eu e outros cidadãos pensamos apenas que quando a Juíza deu a guarda, a deu porque certamente tinha interesses envolvidos nisso, porque a primeira assassina da Joana é ela, ela e as psicólogas. Se ela tivesse olhado o caso, olhado o histórico, não teria dado guarda, não teria dado nada. Teria dado apenas uma autorização para o torturador e assassino visitar a criança. Ficou claro que a estratégia de alienação parental foi dada por mais um desses advogados interessados em ganhar a causa para o cliente. Se essa juíza tivesse olhado de perto o caso veria que o pai não tinha amor, nem interesse pela Joanna, fez tudo apenas por um ato puro de egoísmo e vingança. Alguém daria guarda a um pai que tem como esposa uma mulher que deu uma cadeirada nele porque foi feita uma festa para a Joanna, enfim, o final já era previsto. E quanto as psicólogas, tenho uma amiga que diz: "olha eu não coloco crianças, nem adolescentes para fazer terapia, porque o meu psiquiatra diz que é muito fácil manipulá-las." Enfim, as psicólogas, parceiras do assassinato da pequena, direcionaram as perguntas, os fatos para que realmente fosse confirmada a alienação parental. E a promotora, a outra assassina, por que será que ela arquivou o processo de maus tratos de 2007? Claro que é para que a guarda pudesse ser dada ao pai, claro que por interesses tortos, professora dele... e tudo que já sabemos... Precisamos é de que a JUSTIÇA nunca esteja acima da JUSTIÇA. Precisamos que essas assassinas de primeira instância sejam punidas. Achei muito interessante a juíza se manifestar falando: "olha, se teve maus tratos será novo pra mim, porque em 2007 a Joanna disse que tinha caído no banheiro." Ela realmente acha que uma criança de 2,5 anos está apta para responder esses questionamentos ou é melhor se ater ao IML, que atestou agressão física do pai ou madastra.


O Brasil e o mundo precisa parar de bater, maltratar crianças, temos que parar com isso. Temos que ter leis e temos que ter pessoas corajosas denunciando. As crianças podem ter um futuro bem melhor, serem amadas. Há muita gente boa nesse mundo. Preservo minha fé."


Adriana Arruda