Jorge Schweitzer e a Namorada Virtual...

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(Semana passada o amigo Ricardo comentou que muita gente não acredita que eu existo, mesmo depois dele afirmar que me presenteou com uma camiseta e me deu um abraço... Pois é, tem horas que até eu mesmo duvido... Mas, juro, existo... Gosto de brincar com esta coisa de ser virtual, apesar de que quando há realmente necessidade a gente mostra a cara... O texto abaixo é mais ou menos uma brincadeira, mas inspirado em fato real... Uma moça (por acaso médica) passou a me acompanhar na Rede, só que ela mora numa capital do Nordeste à beira mar... Mas ela é determinada, resolveu vir me conhecer... Nosso primeiro encontro seria rápido, de alguns minutos num translado no Aeroporto do Galeão à caminho de um Congresso em São Paulo... Como ela ficou muito nervosa quando me avisou que viria resolvi escrever a brincadeira abaixo... Só isto... Querem que eu conte mais? Nananinanão! JS)

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Você não é nada do que eu imaginava...

Sabia?

Você falou 83 quilos...

Mas estão muito mal distribuídos...

Não é não?

Aquela foto ao lado do carro não era você...

Era?

Ou era há 25 anos atrás...

Certo?

Voce é sem graça alguma...

Conta uma piada...

Tá vendo?

Sem graça...

Caramba, como eu me iludi...

Se arrependimento matasse...

Tem certeza que é você que escreve naquele blog?

Duvido mesmo...

Bem que mamãe falava para não acreditar em poetas...

Exageraaaaados...

Nos fazem sonhar...

Ah, meu Deus...

Ainda trago você para um motel carézimo...

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E você não sai desta hidro e acabou com tudo no frigobar...

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Parece que nunca viu água nem comida...

Prometeu tanta coisa:

Me carregar no colo...

Jogar na parede...

Me fazer chorar...

Só se for de rir...

E por cima ainda fala que está com dor de cabeça...

Enxaqueca?!

Tá bom...

Tem certeza que casou quatro vezes?

Só se foi com desesperadas...

Você é a desilusão personificada em carne e osso...

Claro, muito mais carne...

Acho que não entrarei mais em sua página...

Melhor, só mais uma vez para te enviar uma dieta...

E uma receita de comprimidos azuis infalíveis...

Ih!

Olha os pneus...

Não os do carro, infeliz...

Os seus!

Perdi meu tempo à toa...

Sou uma imbecil...

Viajar, balcão da Varig, filas, inventar um congresso....

Mentir para família...

Contar para as amigas...

Vou ter que dizer para elas que você é T-U-D-O...

Senão elas vão rir de mim o resto da vida...

Você não deveria iludir as pessoas...

Sabia?!

Devia ser processado...

Procon, DEAM...

Sei lá?!

Propaganda enganosa...

Fui confiar no Google...

Na Cam...

Nem deu para perceber que você mancava desta perna esquerda...

Artrose?

Tá bom...

Olha ...

Adeus...

Desejo-lhe boa sorte na próxima..

Não, não, não...

Não precisa abraço de despedida...

Dá adeuzinho, de longe mesmo...

Tchau, TCHAU!

Urrr...

Taxista...

Nunca mais entro em um táxi...

Pensei que fosse uma frota...

Uuuuuurrrrrrr...

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Jorge Schweitzer