terça-feira, 26 de outubro de 2010

A primeira noite a gente nunca esquece...

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Pois é...

9h 15min da manhã de hoje...

(Tá venu? Consegui acordar cedo)


Passo pela Rua do Lavradio...

Ainda tem uma concentração de cinegrafistas e repórteres de plantão na porta da DCAV...

Custo a encontrar uma vaga na Rua do Senado...

Chego na Delegacia...

Converso com alguns repórteres (tem da Globo, Record, Band e todos os jornais) e descubro que a previsão é que o André Marins deva sair dali para o IML por volta de 11h a meio dia...

Ah! Sim...

Por que IML?

Ele está morto?

Não pessoal, nem sempre trago tão boas novas por aqui...

Se eu tivesse esta capacidade eu seria Papai Noel e não motorista de táxi...

(Segundo André Marins: "Motoristazinho Mediocrezinho" e segundo a mãe dele: "JustiÇeiro", com cedilha)...

Mas, voltemos, ao mancebo cipra citado...

É de praxe quando de transferência de domicílio prisional (gostaram do vocábulo?) ter que pegar o cidadão e vistoriá-lo por arriba e por abajo para conferir se não foi destruída nenhuma ruga gelhada traseira do interno acautelado (notaram a polidez dos termos)...

Apesar que até creio que daqui prá frente nem necessita mais este trabalho de ficar contando rugas, ele mesmo vai disponibilizar o restante; se é que ainda possui...

Como não posso ficar plantado por ali, reolvi entrar na delegacia...

Tudo vazio...

Ué?!

Fui entrando...

Encontrei uma faxineira e um senhor atendendo telefone...

Bati na porta e ele não me pareceu muito gostar da minha presença...

Avisei que esperaria ele acabar para me apresentar...

Põe a mão no fone e pergunta o que eu desejo..

Aviso que sou Jorge Schweitzer; tenho uma página na Internet e gostaria de conversar com o André Marins:

- Coisa assim, rapidinho; dois minutos...

- Não, só com permissão do delegado!

- Tem previsão a chegada dele?

- Não, o senhor tem que aguardar junto com a imprensa lá na entrada...

- OK! Muito obrigado!

Circulo pela delegacia vazia, entro num corredor comprido do lado esquerdo que dá num setor gradeado...

Caminho até o final imaginando ter a sorte (ou seria azar?) de encontrar o tal André Rodrigues Marins dividindo um osso com o cachorro da delegacia...

Ah! Sim, deixa eu contar...

Aquela delegacia tem tradição de manter sempre um viralatas como mascote...

Chego ao final e encontro somente um deposito de documentos abandonados, um arqivo digamos assim...

Nada do bandido...

Retorno e encontro outra sala com uma corrente (imitação) amarela de plástico bloqueando a passagem de acesso aos andares superiores...

Estava facinho de passar...

Chega a dar uma agonia de tentação...

Era só pular cataplum e estaria na cara do sujeito...

Melhor não...

Mas que deu uma vontade...

Antes de sair encontro novamente a tal moça varrendo outro corredor...

Abro aquele sorriso bacana:

- A senhora sabe em que sala está o cidadão?

- Quem?

- O babaca matador de criancinha!

- Ah! Não sei não senhor...

- Se soubesse me diria...

- Não!

Sorrio e saio..



Jorge Schweitzer




PS: Na foto no Globo de hoje, o André Marins tá a cara do Fred Mercury Prateado do Pânico na TV... Com uma boa maquiagem este guri vai fazer um sucesso tremendo na Bangu... Além, lógico, de apitar tudo quanto é jogo por lá para saciar sua vontade de ser Juiz...







2 comentários:

  1. "saciar sua vontade de ser juiz.."
    kkkkkkkkkk VC É ÓTIMO, JORGE!!!!

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  2. O cara é um doente e mostra opunho sem a pulseira prateada que anda sempre no punho da DRª Sarita. Por que sera?????

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