quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O Maragato, a Prenda e Faróis

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Ao deixar de ser guri...

Ganhei revólver dos bons...

Adaga de bom corte...

Um pingo arisco...

Um cusco obediente...


Criei coragem...

Cruzei campanhas...

Subi barrancas...

Desci descampados...

Sonhei ideais desmanchados pelos ventos enfurecidos da tarde...



Com chapéu desabado...

Escutando canções tropeiras ao acordeon...

Com a lua tombada sobre banhados...

Apresilhei olhares lascivos de uma prenda...



Pôs bueno...


Quando ela partiu...

Resfoleguei em silêncios, como guaxo...



Ficou sua imagem grudada nos rochedos...

Na linha da maré...



Como a inquietação do movimento das vagas...

Ao lado do Farol...





Jorge Schweitzer






PS: Tenho um texto que perdi, chama-se 'O Entrevero nesse tal de blog' que escrevi somente com expressões gaúchas para uma moça... A cada frase reproduzi abaixo o significado já que incompreensível para quem não é do Sul... Este texto foi reproduzido em vários outras páginas com outro título há cerca de cinco anos... Se alguém tiver guardado, por favor, me envie... Tentei refazê-lo mas nunca fica bacana... JS










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