terça-feira, 21 de agosto de 2012

Até o fim raiar








Há dias em que acordo burro...
Frases desconectam pensamentos...
Consertar piora...
Dias claro-escuro...
Na solidão embolada...
Copacabana a fungar amanhecendo lá fora...
Meu hiato refúgio...
A voz sussurada aponta abandonar sinos e catedrais...
Melhor que nunca houvessem separações...
Adoro sua cama insular...
Odeio seu poodle a morder cobertas até eu enfiá-lo a chorar ao lado da máquina de lavar...
Ela ri...
Volto com ele no colo me lambendo a mão...
Nosso voyer aborrecido...
Também fico calado...
Obedecendo a voz de comando...
Deixo mais um último bilhete dentro da caixa de músicas...
Sobre o criado mudo...
Ela não se despede...
Sabe que volto...
Sempre volto!



Jorge Schweitzer








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