Caravaggio era um artista fascinante e ao mesmo tempo um homem perigoso e enigmático que retratou o drama da existência...
Caravaggio se envolveu em inúmeras brigas: em uma, matou um homem e aos 38 anos de idade foi morto em outra...
Em parte da sua obra Caravaggio descreveu violência, tortura e desmandos do poder...
No quadro 'Flagelação de Cristo' Caravaggio compôs o movimento do abandono diante da via crucis próxima que nos remete ao assassinato da menina Joanna Marcenal, 5 anos, morta pelos torturadores: o pai André Rodrigues Marins e a madrasta Vanessa Maia Furtado...
Joanna Marcenal foi estampada na mídia inteira com todas marcas de flagelos...
Quando mostraram na Rede as queimaduras nas nádegas da Joanna procurei a página solicitando que retirassem a foto e não fui atendido...
Pretendia que a barbárie fosse reservada somente ao Ministério Público e ao Judiciário que eu acreditava enfiariam os monstros que fizeram aquilo nas grades para sempre...
Nada...
Tornou um processo kafkiano onde a reengenharia misótica tenta desconstruir a verdade atendendo o corporativismo da pior espécie por ser o acusado serventuário judicial e afilhado de político que se diz poderoso e meia dúzia de pessoas acredita...
Nesta semana os Marins me enviaram recado que somente eu insisto em apontá-los enquanto a imprensa abandonou o caso como reflexo de um mea-culpa não mais os considerando bandidos apesar de estarem indiciados e convocados a responder em Juri Popular sobre o tortura e morte da menina Joanna...
É a tática replicada a tentar novamente que eu deixe de assombrá-los...
Impossível!
Alguém necessita expor os quadros da covardia...
Todos!
A grande imprensa só aparecerá novamente para divulgar que todos assassinos de Joanna foram condenados já com a cabeça raspada e camiseta verde da SEAP subindo no ônibus preto a caminho de Gericinó...
Eu estarei lá...
Contemplando o último rabisco da obra...
Jorge Schweitzer
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