Casos de Polícia
Nesta quarta-feira, durante o almoço num restaurante, o pai do menino Juan, Alexandre da Silva, recebeu um telefonema. A voz não era de uma assistente social, nem de um policial. Uma repórter da TV Record do Rio dizia a um pai que procurava há 16 dias pelo filho desaparecido que o corpo encontrado dia 30, em Belford Roxo, era de Juan.
Esse corpo só foi encontrado por causa da ação de outro jornalista, o chefe de redação da Bandnews FM, Rodolfo Schneider. Dia 29, ele recebeu um e-mail de uma ouvinte à tarde, contando que seu pedreiro havia visto um corpo às margens do Rio Botas. No dia seguinte, a equipe partiu às 4h40m para o local. E encontrou o cadáver.
A pergunta que o Rio de Janeiro inteiro fez durante todo esse tempo foi lançada pelo EXTRA às autoridades em sua edição de 27 de junho: "Onde está Juan?". Nem a perícia havia sido feita, uma semana após o desaparecimento. A chefe da Polícia Civil e o secretário de Segurança Pública responderam. Minimizaram todos os erros.
Nesta quarta, Alexandre partiu sozinho, como sempre partiram os parentes de Juan, em busca do corpo. Passou mal no IML. Quem ouviu seu desabafo foi uma repórter:
— Quando bati de frente com a história da menina, já achei que era meu filho. Pai sabe dessas coisas né?
A perícia não sabia.
PS: Louvável, justo e oportuno o jornal Extra (Globo) dar os devidos créditos ao jornalista Rodolfo Schneider da BandNews FM... Hoje o jornal Extra tem um caderno especial sobre o Caso Juan... JS
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