sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Fernando Marcionílio dos Anjos e Mônica Petti mortos no Rio de Janeiro







Gustavo Goulart
Leonardo Guandeline


Foi identificado nesta quinta-feira, no Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias, o corpo do empresário paulista Fernando Marcionílio dos Anjos, de 42 anos, desaparecido juntamente com a sócia, Mônica Petti, de 38, desde o último dia 5, após uma viagem ao Rio.

O corpo de Mônica foi encontrado no mesmo dia 5, em Vigário Geral, com ferimentos causados por um instrumento “contundente”.

Já o de Fernando, que estava com o mesmo tipo de hematoma, segundo o delegado Marcelo Palhares, que investiga o casal em São Paulo, foi localizado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O corpo ainda está no IML. A família aguarda a liberação na sexta-feira.Um outro corpo carbonizado encontrado em Madureira, e que a Divisão de Homicídios (DH) suspeitava ser de Fernando, não era o do empresário.

Uma equipe da DH, comandada pelo delegado Rivaldo Barbosa, viajou para São Paulo em busca de informações que ajudem a desvendar o crime. De acordo com o delegado Marcelo Palhares, Barbosa e equipe voltaram ontem mesmo para o Rio levando documentos encontrados nos dois carros deixados pelos empresários no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, e recolhidos por peritos de São Paulo.

A DH já ouviu o depoimento do taxista que transportou o casal de empresários após o desembarque no Aeroporto Santos Dumont, no último dia 5. O relato do motorista ainda não foi divulgado. A policia suspeita que o casal tenha sido morto por assassinos de Sao Paulo. Há informações de que o casal estaria tentando estabelecer pontos de jogos clandestinos no Rio e na capital paulista.

Segundo a polícia civil de São Paulo, o casal de empresários tinha uma empresa de fachada e estaria envolvido no crime de lavagem de dinheiro. A hipótese de acerto de contas é investigada.

A tentativa da mulher de Fernando de retirar documentos dele no carro no estacionamento do Aeroporto de Congonhas despertou a atenção de funcionários da garagem, que chamaram a polícia. Isso aconteceu no último dia 9. No veículo, foram encontrados uma cópia da lei que trata do crime de lavagem de dinheiro e um contrato de aluguel referente ao local onde funcionava a empresa dos sócios.

Funcionários dos empresários, que ocupavam duas salas em um prédio comercial na Vila Nova Conceição, na Zona Sul da capital, desocuparam os escritórios dois dias depois do desaparecimento do casal, segundo trabalhadores do edifício. A polícia esteve no local e encontrou os escritórios vazios.

— Os funcionários desceram os materiais, documentações, cadeiras e mesas — disse o zelador do prédio Élson Gardin à TV Globo.

No dia do crime, ambos seguiram de carro para o Aeroporto de Congonhas, de onde embarcaram para o Rio, onde assistiriam a uma corrida de cavalos no Jockey Club Brasileiro, na Gávea. Os sócios voltariam no mesmo dia à capital paulista. No entanto, eles nunca chegaram ao Jockey. As famílias dos sócios viajaram ao Rio em busca de informações sobre o casal.




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