sábado, 17 de dezembro de 2011
Jorge Schweitzer e o Superman do SBT
Neste exato momento estou assistindo o Superman no SBT...
Se voce estiver me lendo agora, sintonize por lá...
Ser Superman é o sonho de todo menino quanto eu...
Antes do comercial o Superman evitou um acidente aéreo segurando o aviãozão com a mão direita e depositou a aeronave já sem asas e fumegante no meio de um estádio lotado durante uma partida de beisebol...
Arrancou a porta e adentrou o salão...
Todos emocionados agradecendo...
Retornou a porta arrancada e foi aplaudido pela platéia do estádio...
Isto tudo ocorreu com o sujeito Superman vestido somente de cuecas...
Já imaginaram?
Sair de casa para salvar o mundo e ser aplaudido de cuecas...
Maravilhoso...
E meio constrangedor, também...
Vamos combinar...
Se eu Superman fosse levaria um black tie numa mochila para me vestir de acordo na hora da premiação...
Sonho frequentemente que sei voar...
Mas, meu medo maior é trombar postes; transformadores e antenas de empresas de celular no caminho...
Vira um sonho tensão beirando pesadelo já que tenho medo de alturas e nem vou tão alto para evitar me esborrachar se mirar kriptonita e nem tão baixo para não atrapalhar o transito...
Fico no mais ou menos...
Sou um voador meia bomba...
Agora, em todos meus devaneios imaginários jamais capturei meliantes e lhes enchi de porrada no centro da cara...
Fico sobrevoando só a observar a movimentação...
Somente sonho como lazer...
Não misturo as coisas...
Não vou perder minhas noites de sonhos com problemas que posso administrar na manhã seguinte quando retorno a ser Clark Kent...
Uma coisa é uma coisa...
Jorge Schweitzer
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"Ser Superman é o sonho de todo menino quanto eu..."
ResponderExcluirO Menino no Espelho foi o livro mais belo que li...
Sabino desenhou todas nossas fantasias de guri...
As formigas passeando no quintal...
A namorada...
As brincadeiras...
Quintana também utilizou o Espelho a refletir o Velho que demoramos a identificar...
Conheci Quintana em suas caminhadas pela Rua da Praia a caminho da Praça da Alfândega e ao Majestic...
Suas passadas lentas com as mãos nos bolsos da calça larga feito bombacha arqueado olhando as folhas de outuno cobrindo a Borges de Medeiros com Rua dos Andradas...
Deixando suas pegadas, tchê!
Para sempre...
Jorge Schweitzer
O velho do espelho
Por acaso, surpreendo-me no espelho: quem é esse
Que me olha e é tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus, Meu Deus...Parece
Meu velho pai - que já morreu!
Como pude ficarmos assim?
Nosso olhar - duro - interroga:
"O que fizeste de mim?!"
Eu, Pai?! Tu é que me invadiste,
Lentamente, ruga a ruga...Que importa? Eu sou, ainda,
Aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra.
Mas sei que vi, um dia - a longa, a inútil guerra!-
Vi sorrir, nesses cansados olhos, um orgulho triste...
Mário Quintana
postado por Jorge Schweitzer às 12:49 em 16/06/2011
MARINALVA