quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Taxista Anderson Monteiro, 36 anos da Táxi Leblon, é assassinado na Favela da Maré




Anderson Monteiro estava a caminho da Barra e tentou sair do engarrafamento da Linha Amarela atalhando por dentro da Favela da Maré, possivelmente o Timbáu quando esbarrou em uma motocicleta no local...

Anderson Monteiro, que dirigia o carro 029 da Cooperativa Taxi Leblon, foi morto com um único tiro no peito...

Uma viatura da UPP do Alemão que passava pelo local tentou socorrer o taxista e o PM foi atropelado...

Anderson Moniteiro deixa esposa e filhos de 6 anos e quatro meses...



Jorge Schweitzer







5 comentários:

  1. Será que entrará para as estatísticas ou nem isso??

    Será que os pilantras que nos governam vão dizer qie foi um caso isolado, assim como o assassinato dos seis garotos foi "um engano"? Aliás, lamentável que o irmão de uma das vítimas não consegue vincular a grotesca realidade do país com a chacina. Não foi engano. Crianças nadando e mortas por traficantes não foram mortas por engano. Quem erra o caminho e dirige por um trecho dominado por traficantes e paga com a vida por isso também não cometeu "um engano". Ninguém é pra morrer porque pegou o trajeto errado. Mas alguma vez alguém sequer disse isso na grande mídia? Não. Só o que vemos é que "fulano morreu porque cometeu um engano". Moral da história: culpa dele. Culpa dos garotos. Culpa do taxista que esbarrou na moto.

    A cultura da ENGANAÇÃO:
    Há algum tempo fomos "presenteados"pela declaração mais nojenta, mais hipócrita, mais alienada, mais medíocre e repugnante de uma "autoridade" desde os tempos de "diga ao povo que fico". Essa autoridade é a nossa fantoche presidencial, Dilma Rousseff. Na ocasião, esse boneco presidencial disse que "havia fortes indícios de que Deus é brasileiro".

    Essa absurda declaração também não é um engano, ela é uma enganação. E de enganação em enganação, o país se arrasta na violência, no ódio social, na ignorância.

    Otávio

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  2. Era um Homem maravilhoso,pai excelente,ótimo marido e um grande amigo,foi executado covardemente,a família está desorientada.

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  3. Comentando outro assunto:

    Uma das testemunhas no caso do atropelamento envolvendo Thor Batista disse que o carro guiado pelo filho do multi-bilionário parecia numa "fuga policial".

    Traduzindo isso para a linguagem da Justiça/Cultura brasileira:

    Thor Batista enganou-se. Achava que estava com o pé parado no pedal, mas na verdade se enganou e pisou fundo. O resultado foi a morte de uma pessoa, a qual é portanto mera vítima de um engano.

    Exemplos não faltam e os advogados devem prestar muita atenção na LEI DO ENGANO. É muito fácil estar com uma arma na mão e apertar o gatilho por engano. No trânsito, há pouquíssima diferença entre o sinal vermelho e verde, portanto é preciso poupar os motoristas que causam acidentes graves quando passam no sinal vermelho. Até o famoso cabo Bruno, recentemente libertado após cumprir integralmente a pena de 117 anos (felizmente no Brasil presos só são soltos após cumprirem pena integralmente), sofre de uma síndrome que se chamada SEC (Síndrome do Engano Crônico). Sujeito acaba cometendo o mesmo engano dezenas de vezes, ou seja, é uma vítima desse mal.

    É a lei do "engano" que levou à morte uma menina chamada Joanna Marcenal. O pai de Joanna amarrou e amordaçou a própria filha porque queria protegê-la. Ou seja, cometeu um engano. Nessa mesma linha, estranho porque os advogados do casal Nardoni foram presos. Afinal, quem mora em prédio sabe que os elevadores podem demorar. Nada mais natural do que descer um filho ou uma filha atirando-o pela janela ao invés de esperar o elevador que nunca chega. O que aconteceu nessa operação é um claro exemplo de mero erro de cálculo, ou seja, um engano. Como não sou advogado não posso auxiliar o casal Nardoni através dessa LEI, mas tenho certeza que os advogados de plantão aproveitarão a dica.

    Otávio

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  4. Otávio,

    Tenho muito orgulho de tê-lo como meu leitor deste NY...
    Pena que somente comente vez por outra, apesar de me acompanhar sempre...
    Curioso que o amigo Otávio me conheceu odiando o que eu escrevia...
    Você é certeiro o tempo todo...
    Abraço,
    JS


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  5. Caro Jorge, agradeço o comentário. Mas eu não odiava o que você escrevia. Eu já escrevi mais, só que a internet já tem muitos comentaristas.

    A Lei da Enganação (vamos colocar no nível da Teoria, Teoria do Engano, é quase acadêmico!) pode ser apenas um trocadilho, mas é um conceito complexo e tem sido aprimorado muito no nosso país. Cometer um engano e enganação...diferenças sutis entre essas palavras...autor e vítima...uma mesma palavra contém os dois. Perfeito para a pseudo-justiça brasileira e para nossa cultura do jeitinho.

    Os dedos não acompanharam o sentimento de frustração e embaralhei duas coisas. Escrevi "...Nessa mesma linha, estranho porque os advogados do casal Nardoni foram presos."
    Claro que me refiro somente ao casal e não aos advogados. Portanto "Estranho porque o casal Nardoni foi preso..."

    Meretíssimo, meu cliente cometeu um engano...Apertou muito forte o pescoço de sua esposa e a matou por engano...

    Meretíssimo, meu cliente cometeu um engano...Jamais pensou em matar, mas não é perito na manipulação de uma arma e ao atirar acertou seu alvo no coração...tudo um grande engano...

    Meretíssimo, meu cliente é vítima de um grave engano por parte de sua filha de 5 anos. Ele a amordaçou e a amarrou para o seu próprio bem. Mas a criança se enganou e achou que estava sendo torturada. Sentiu-se psicologicamente abatida e sucumbiu a uma doença mortal. O engano de sua filha acabou causando sua própria morte. É evidente que a vítima nesse caso é o próprio pai, meretíssimo.

    Abraço,
    Otávio

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