quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Marcelo Bustamante, 26, e Daiana Pedro da Silva, 22, indiciados ao botarem fogo em carro no 'tombo do seguro'







'Foi o maior erro da vida dele', diz pai de jovem que forjou sequestro

THIAGO AZANHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Numa semana, o filho de José Carlos Gonçalves era uma das vítimas de um suposto sequestro-relâmpago --em que acabou ferido após os criminosos atearem fogo a seu carro.

Na outra, o jovem é um dos indiciados sob suspeita de planejar o crime para pegar o dinheiro do seguro do veículo.


Marcelo Bustamante, 26,--o filho de Gonçalves-- e Daiana Pedro da Silva, 22, são os indiciados. Os dois estavam juntos no momento do "sequestro-relâmpago".

Marcelo, inclusive, sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus.

Para Gonçalves, que trabalha na área de manutenção industrial, seu filho cometeu o "maior erro da vida dele" e deverá pagar por isso.

"Não sei dizer o que o levou a fazer isto. Ele vacilou. Sempre dei liberdade e fiz tudo para ele", afirma o pai.

O delegado do 47º DP (Capão Redondo) André Luiz Antiqueira diz que Marcelo queria receber o seguro, uma vez que seria um valor maior do que o oferecido por seu Fiat Palio Fire 2003 em qualquer revendedora.

Segundo o delegado, o jovem planejou o golpe sozinho com uma semana de antecedência, e só envolveu Daiana, sua cúmplice, três dias antes de incendiar o veículo.

"Eles não conseguiram manter a mentira por muito tempo. Começaram a contar diferentes versões e a se contradizerem. Daiana confessou o golpe primeiro", afirma o delegado.

AMIZADES

A dupla será indiciada em três artigos: falsa comunicação de crime, tentativa de estelionato e por ter provocado incêndio em via pública.

Como os dois são réus primários, responderão pelo crime em liberdade e, se condenados, deverão pegar até dois anos de prisão.

Para Gonçalves, amigos mal intencionados fizeram a cabeça de Marcelo. O pai explica ainda que o filho é uma "boa pessoa e que sempre foi estudioso e trabalhador".

"Ele estudou no Senai desde os 14 anos, começou a faculdade de engenharia na Unip, mas depois trancou o curso", afirma.

O jovem trabalhava havia 40 dias numa empresa terceirizada que prestava serviço para a empresa de telefonia e banda larga Net.

Antes, havia trabalhado como vendedor numa loja de móveis num shopping da região onde mora.

'DETALHE'

Para o investigador Edilson Pereira, Marcelo cometeu o golpe para tentar trocar seu Palio Fire 2003 por um outro carro mais novo.

O jovem, no entanto, não foi descuidado apenas em deixar de combinar a história que ele e Daiana deveriam contar.

Ele "esqueceu" de um detalhe fundamental caso seu plano não fosse frustrado pela polícia: a apólice do seguro de seu Fiat Pálio Fire 2003 não previa cobertura em caso de incêndio do veículo.


PS: Deixa eu contar um segredo para vocês: as seguradores mantém acordo informal com policiais premiando ao desvendarem qualquer tentativa de fraude por parte de beneficiados... E paga em dinheiro vivo já que funcionário público não pode receber gratificação... Qualquer indício de golpe o investigador vai escarafunchar até descobrir... Melhor ninguém se arriscar... Eu tenho uma sugestão eficiente para tocar jogo no carro sem deixar rastro mas não posso contar por aqui... Lógico... JS






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