quarta-feira, 18 de julho de 2012

Pai e madrasta que espancaram criança até a morte responderão por tortura com morte




Casal vai responder por tortura após morte de criança, diz delegado
Pai e madrasta podem pegar até 21 anos de prisão pelo crime.
Criança foi levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Rodrigo Vianna Do G1 RJ


O delegado Vilson Almeida da Silva, adjunto da 32ª DP (Taquara) afirmou, na manhã desta quarta-feira (18), que o pai e a madrasta suspeitos de espancar uma criança de 2 anos vão responder por tortura com resultado de morte.

Segundo Silva, o fato de a vítima ser criança é um agravante do crime. Se forem condenados, cada um pode pegar até 21 anos de prisão.

“O caso chegou à delegacia como tortura. A criança apresentava graves escoriações, fraturas, hematomas e com sinais graves de espancamento. A médica que a atendeu desconfiou dessa possibilidade desde o início por causa das várias lesões que a criança tinha no corpo. Eles foram presos em flagrante. A investigação segue e agora vamos tentar entender o que motivou a agressão”, disse o delegado.

Com ferimentos graves, o menino foi atendido na tarde de terça-feira (17) no Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, onde morreu. Ele morava com a família na comunidade de Rio das Pedras, também na Zona Oeste.

De acordo com as primeiras informações da polícia, a mãe da criança mora fora do estado e ainda não sabe da morte do filho.

A polícia vai pedir exames complementares ao Instituto Médico Legal para ajudar nas investigações.

Casal nega espancamento

Ainda de acordo com o delegado, o pai da criança foi identificado como Witemberg de Araújo Souza, 23 anos, trabalha na construção civil. A madrasta, Luana Rodrigues do Nascimento, 23 anos, passou por uma cirurgia e por isso estaria impossibilitada de trabalhar. Em depoimento, segundo Silva, ela negou o espancamento e disse que o enteado caiu da laje da casa onde morava.

Silva informou ainda que o pai da criança, em depoimento, disse que era alvo de piadas dos colegas de trabalho e também teria negado o crime. “Ele nos disse que os colegas faziam piada com ele porque ele teve um filho com uma garota de programa”, explicou o delegado.

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