quarta-feira, 18 de julho de 2012

Cristiano Francisco de Assis, empresário em São Vicente SP, foi sequestrado em 31 de março de 2012





Sequestro de empresário de São Vicente, SP, dura mais de 100 dias
Dois policiais militares foram presos pela corregedoria.
Família não tem notícias do comerciante há mais de um mês.

Do G1 Santos


Um empresário de São Vicente, no litoral de São Paulo, está sequestrado há mais de 100 dias. Cristiano Francisco de Assis foi capturado quando chegava em seu estabelecimento no dia 31 de março.

Imagens do circuito interno da empresa do comerciante mostram dois carros com sinalizadores, simulando uma operação policial, que abordam Cristiano. Segundo a investigação, os homens vestiam roupas parecidas com as usadas pela Polícia Federal. Em seguida, eles algemaram o comerciante, o colocaram em um dos carros e saíram.

"A todo momento fico me perguntando o que ele tá fazendo, se ele está sofrendo, se ele está comendo, se estão batendo nele", afirma o irmão, que preferiu não ser identificado.

As investigações dos policiais da Delegacia Antissequestro de Santos identificou quase todos os envolvidos no crime. "São criminosos perigosos, experientes, que fazem uso de nomes e documentos falsos, e com uma série de técnicas para fugir constantemente da polícia. Mas, na verdade, são verdadeiros covardes", explica o delegado Carlos Alberto da Cunha.

Um dos envolvidos, segundo a polícia, é Rogério Amorim de Oliveira, apontado como o líder da quadrilha. A polícia descobriu a casa do suspeito, mas no local encontraram apenas o filho de Rogério, além da cunhada e seu marido. Com a indicação dos envolvidos, a polícia foi a outro endereço, mas o suspeito conseguiu fugir com a mulher e os filhos. "Ele foi reconhecido no arrebatamento, armado de fuzil. Ele leva para o cativeiro", afirma o delegado.

Ao todo quatro pessoas foram presas. Duas delas são policiais militares, que foram presos pela corregedoria na 1ª Companhia de São Vicente, acusados de envolvimento no sequestro. "Nós não nos sentimos confortáveis em trabalhar com esse tipo de criminoso. Pois ele é criminoso duas vezes. Ele trai sua instituição, seu Estado, sua sociedade. O policial que age dessa maneira trai sua família", afirma Waldomiro Bueno Filho, diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 6 (Deinter 6).

Os policiais negam a associação ao crime. A polícia ainda procura Rogério Amorim de Oliveira, que também usa documentos falsos com o nome de Rogério da Silva, e Ismael Aparecido Quintiliano. Quem tiver alguma informação sobre o sequestro pode realizar uma denúncia anônima pelo telefone 181.



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