Na entrada do setor de emergência do Hospital Getúlio Vargas, agentes da Core fazem a segurança depois que dois policiais civis foram baleados na favela do Tibau Foto: Agência O Globo / André Teixeira
O Globo
Um policial civil morreu e outro ficou ferido, na noite desta sexta-feira, após trocarem tiros com bandidos da comunidade Boa Esperança, na Maré. Evandro Carlos Mendes, de 33 anos, lotado no Instituto Médico Legal (IML), e Walter Cardoso, lotado na Academia Estadual de Polícia Silvio Terra (Acadepol), seguiam para o Centro da Cidade. Evandro dirigia o seu carro particular, uma Pajero, pela Linha Amarela e decidiu acessar a Linha Vermelha para não enfrentar um engarrafamento na Avenida Brasil. Evandro disse que errou o caminho, acabou se deparando com homens armados dentro da comunidade e houve troca de tiros.
Walter Cardoso, que estava no banco do carona, morreu na hora. Evandro foi baleado duas vezes em uma das pernas. Mesmo assim conseguiu dirigir até o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, onde foi operado para a retirada dos projéteis. Três homens foram presos no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) suspeitos de terem participado do tiroteio. Matheus Nascimento da Silva, de 18 anos, foi baleado no braço; Vitor Souza os Reis, de 28 anos; e Gladson Ales dos Santos, de 20, foram baleados no tórax. Eles procuraram atendimento na Unidade de Pronto Atendimento de Bonsucesso, mas como a UPA não tinha condições de atendê-los, o trio foi encaminhado para a HFB. Policiais militares do 22º BPM (Maré) estiveram no local e os prenderam.
A família de Evandro, que está há 12 anos na Polícia Civil, esteve no Hospital Getúlio Vargas e criticou a falta de sinalização do local. A mãe do policial disse que só permanece no Rio de Janeiro porque seus filhos moram na cidade:
- Senão fosse pelos meus filhos, que moram aqui, eu já teria me mudado para um local mais tranquilo. Hoje perdemos um amigo e meu filho está ferido. Talvez se tivesse mais placas orientado isso não teria acontecido.
O corpo de Walter será enterrado neste sábado, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte. O caso foi encaminhada para a Divisão de Homicídios
PS: Conheço muito bem o Timbau, já estive por lá mais de 20 vezes, não se vê traficante circulando com armamento ostensivo logo na entrada mas ninguém entra na favela sem ser visto por algum olheiro que repassa para o tráfico... Não entendo como um PCERJ tarimbado como um Acadepol entrou numa dessas... O que deve ter chamado atenção é que policiais costumam sentar no carro e colocar a pistola entre os joelhos... Erraram por excesso de confiança... JS
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