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O cidadão que for a uma delegacia de polícia no Estado do Rio no final de setembro deverá encontrar muita dificuldade para ser atendido. É o que garante o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol), Carlos Gadelha. Segundo ele, 70% da categoria aderiu à campanha "Cumpra-se a lei", o que significa que peritos, inspetores, oficiais de cartório farão uma espécie de operação padrão a partir de 29 de setembro, Dia do Policial Civil.
— Não é uma insubordinação contra a chefia de polícia ou contra os delegados, que administram um caos. Mas queremos chamar a atenção para os muitos problemas da Polícia Civil. Nos outros estados, nossos colegas não acumulam funções, o que significa que trabalham menos que nós, e recebem mais. O estado que vai ser palco das Olimpíadas tem a polícia mais mal paga do país — critica Gadelha.
O policial explica, ainda, que há um déficit de quase 14 mil policiais civis no estado, e propõe uma solução que, segundo o sindicato, seria boa para todos.
— Basta mudar o regime de plantão. Um investigador não pode trabalhar durante 24 horas e só voltar à investigação quatro dias depois. O policial militar pode ter um plantão assim, mas nós, não. Se trabalhássemos todos os dias, 80% dos problemas seriam equacionados, os salários melhorariam e acabaria com o bico (segundo emprego) do policial. É uma questão de bom senso — diz.
Procurada pelo EXTRA, a assessoria de comunicação da Polícia Civil disse que não vai se pronunciar neste momento sobre a ameaça de manifestação do Sindpol.
PS: Taí Gadelha, sempre imaginei que policiais civis era favoráveis a este plantão absurdo que cria um hiato anti-operacional... Gostei de saber que a categoria pretende que isto seja mudado... Parabéns Gadelha... JS
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