"Caro Jorge,
posso imaginar a dor que todos os parentes da menina Joanna têm enfrentado. Lamento tanta desgraça. A minha maior motivação para não desistir de lutar pela diminuição das mortes violentas é o sofrimento dos pais e parentes das vítimas. O Rio de Paz tem como marca a defesa intransigente do direito à vida. Jamais houve de deixarmos de fazer denúncia por medo, omissão, covardia, indiferença. Eu jamais abraçaria essa causa se temesse que um telefonema me impedisse de falar o que penso. Devo minha sobrevivência na luta pela redução de homicídio -com quatro anos e meio de altíssima exposição em todos os meios de comunicação-, denunciando crimes que nos chocam, ao fato de ter total autonomia para falar. Não temo absolutamente a ninguém. Lamento ter que fazer algumas retificações no seu texto. Primeiro, o Rio de Paz jamais recebeu verba pública. O nosso estatuto o proíbe. Mas não apenas isso, nosso trabalho depende da independência em relação ao poder público, caso contrário não poderemos protestar nas ruas, como temos feito, trazendo a lume os equívocos do Estado na condução da política de segurança. Em segundo lugar, eu nunca recebi telefonema das pessoas que você mencionou. Não as conheço. O que posso dizer mais? O que você insinuou não é verdade. Não sei porque você o fez. Qual o motivo? Cheguei até pensar que você deve ter me confundido com alguém, porque não é possível que uma acusação como essa seja feita do nada. Terceiro, houve mais de 30 mil mortes violentas no Rio de Janeiro desde 2007. Como representar todos os casos? Nós somos poucos e trabalhamos com escassez de recursos. Nenhum de nós dá dedicação exclusiva ao movimento. Só levamos para a manifestação as fotos da engenheira Patrícia e do menino Juan. Poderíamos levar fotos de mais vítimas, cujas histórias conhecemos muito bem. Mas a ideia era trabalhar com casos emblemáticos, que ajudassem a traduzir a dor de todos. Mas nem por isso, parentes de vítimas deixaram de comparecer levando a foto dos seus filhos, como o Jaldenir, pai do William, assassinado por PMs; e o Paulo Roberto, pai do menino João Roberto, também morto em operação policial desastrada. Sinto tristeza de ter que ressaltar que o seu texto é muito duro. Não se luta pela paz e justiça usando linguagem amarga, atacando reputação de pessoas, fazendo acusação sem prova. Uma voluntária respondeu ao seu e-mail de forma educada e solidária. Ninguém ligado à família da Joanna foi impedido de participar. O convite foi extensivo ao todo da população. Contudo, temos pouquíssima informação sobre o caso Joanna, como também pouco conhecemos do que aconteceu com a maioria dos milhares que tiveram a vida interrompida pelo crime no Estado do Rio de Janeiro. Fazemos o que está ao nosso alcance, a partir da simples solidariedade de homens e mulheres que jamais passaram pela tragédia de perder um parente assassinado. Coloco-me a disposição para entender melhor o caso, e quem sabe, mediante mútuo conhecimento, lutarmos juntos para vivermos numa sociedade mais justa.
Antônio Carlos Costa Rio de Paz"
Meu texto que o pastor Antonio se refere está no link: http://taxiemmovimento.blogspot.com/2011/08/rio-de-paz-ong-chapa-branca_04.html
Este e´ mais um "pastor", como aquele la´ da Florida, que quer conseguir aqui o seu espaço: "...Mas a ideia era trabalhar com casos emblemáticos". E o caso Joanna e´o que então? Senão vejamos, um homem com família constituída pede a guarda da filha do primeiro casamento; maltrata e tortura a criança com a ajuda da atual mulher, tortura esta que culminou na morte da menina. O homem e´ filho de pastor, tem trabalho e residencia fixos, classe media, filhos no atual casamento. Um crime estupido, hediondo contra uma criança inocente, que ele deveria defender com a própria vida. Uma filhinha maravilhosa, que teria, certamente, toda uma vida pela frente. ALO, se esse caso não e´ emblemático então eu não sei o que esta palavra significa. Que esse "pastor" não sabia, ao certo, sobre o caso Joanna:"...temos pouquíssima informação sobre o caso Joanna", e´ uma mentira deslavada. QUE VERGONHA "PASTOR". QUE VERGONHA! E agora vir aqui, dar uma de ofendido, querer ficar bem na fita. Muito pouco, em defesa de uma menina que morreu mil mortes na casa do pai.
ResponderExcluirCaro Pr. Antônio Carlos, obrigada pelo esclarecimento, eu já estava na dúvida sobre o direcionamento do Rio de Paz. O importante é que lutemos juntos, independentes de desmandos políticos. O caso da Joanna é peculiar pelo envolvimento de pessoas que se acham importantes e poderosas e por outras que representam instituições sérias e com alto poder de decisão sobre a vida das pessoas. Pedimos sua colaboração na divulgação do caso e cobrança na punição dos culpados. Envolva-se sem medo. Admiro muito o seu trabalho. A você Jorge, obrigada por divulgar o esclarecimento do Pr. Antônio Carlos Costa.
ResponderExcluirPois bem, ao que interessa:
ResponderExcluirA morte de Joanna revelou a podridão de instituições que vão muito além de policiais mal preparados. É o tipo de violência planejada, arquitetada em corredores por gente que ganha ótimos salários e joga o jogo do corporativismo criminoso. Joanna foi vítima de VÁRIOS crimes, tudo bastante divulgado nos meios de comunicação.
Há algo de extremamente nefasto e podre por detrás desses vários crimes cometidos contra a pequena Joanna e sua mãe, a começar pela inversão da guarda - decisão cuja motivação deveria ser amplamente investigada.
O que se vê é uma sequência de atitudes totalmente direcionadas para favorecer e isentar o torturador e sua companheira da culpa de assassinato: trocas de juízes, decisões bizarras, explicações inaceitáveis, etc. Já foram citadas comparações com Kafka e George Orwell porque esse caso atinge níveis de crueldade dignos das obras mais tétricas desses autores.
A morte de Joanna e a forma como a Justiça tem sido conivente com a tortura e o assassinato dessa menina é o que há de mais emblemático numa sociedade afundada num lamaçal de corrupção e num corporativismo monstruoso. Que a verdadeira JUSTIÇA seja feita, não esse conluio de podridão totalmente comprometido com o que há de pior em nossa sociedade.
Otávio
Avisem o pastor por favor que esse caso não é só emblemático, é inimaginável, inominável,inigualável, inexplicável, torpe, macumunado, desumano,horrendo, revoltante triste, etc, etc...é, o pior dos casos já vistos na nossa história. Não têm nada que se compare ao martírio e morte da nossa Joanninha, nada. E tudo com a anuência do Estado do Rio de Janeiro. Lamentável.
ResponderExcluirAssim sendo, podemos entender que apesar do esclarecimento ter vindo somente após a manifestação, a ONG Rio da Paz estará apoiando com sua presença caridosa a manifestação pacífica e necessária no dia 13 de agosto, lembrando 1 ano do assassinato de Joanna Marcenal, um caso tão emblemático ?
ResponderExcluirR.M.
Que homem dissimulado. Era melhor ter ficado calado. Esse tipo de gente
ResponderExcluiré bom ficar de LADO. Santo que ñ ajude também ñ atrapalhe. Oh resposta furada; Esse foi um trapo velho com remendo de novo.
Edna Brazil.
mais uma vez pergunto:
ResponderExcluirserá que sobra algum pingo de dúvida que, da inversão da guarda da Joanna até a negação de júri popular, existe influência de alguma "otoridade" nesse caso???
digo será que existe um pingo, um mínimo, um átomo de dúvida de que esse caso vem sendo empurrado de forma criminosa primeiro para prejudicar a mãe no caso da inversão da guarda, depois para o acobertamento do crime e posterior palhaçada do judiciário?
só falta o coroamento final dessa barbárie, só falta a cusparada final na cara de cada um de nós.
Não faz mal não pastor, ainda esta´ em tempo do senhor se informar quem foi Joanna Marcenal, ainda faltam alguns dias ate´ a passeata do dia 13 de agosto.
ResponderExcluirAi´ sim o senhor pode acompanhar a passeata e com um cartaz com a foto da
menina. Então o senhor se redimi junto
aqueles, que não entendem como e´ que
morando no Rio de Janeiro o senhor não
conhece o Caso Joanna Marcenal.
Só não vale dizer agora, que o senhor
já tem um compromisso nesse dia,
não e´ ?
Caro Pr. Antônio Carlos, obrigada pelo esclarecimento, eu já estava na dúvida sobre o direcionamento do Rio de Paz. O importante é que lutemos juntos, independentes de desmandos políticos. O caso da Joanna é peculiar pelo envolvimento de pessoas que se acham importantes e poderosas e por outras que representam instituições sérias e com alto poder de decisão sobre a vida das pessoas. Pedimos sua colaboração na divulgação do caso e cobrança na punição dos culpados. Envolva-se sem medo.
ResponderExcluirAdmiro muito o seu trabalho.
A você Jorge, obrigada por divulgar o esclarecimento do Pr. Antônio Carlos Costa.
Já começou errando... de novo!
ResponderExcluirA DOR ñ é somente dos parentes de
Joanna Marcenal; é de tdos que abraçaram essa causa e como cidadões
brasileiros queremos e merecemos respeitos pelas nossas dores e perdas. Que vergonha! ñ precisa falar
mais nada... só confirma o que vimos.
Pelos FRUTOS conhecemos a ÀRVORE.
Edna Brazil.