sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Juiza Patrícia Acioli é assassinada em Niterói







Polícia faz perícia em carro de juíza assassinada em Niterói, no RJ
Patrícia Acioli foi morta na madrugada de sexta (12), na porta de casa.
Polícia analisa imagens do condomínio onde ela morava havia 3 meses.

Thamine Leta
Do G1 RJ

O carro da juíza Patrícia Acioli, morta a tiros na madrugada desta sexta-feira (12) quando chegava em casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, passa por perícia nesta manhã. O veículo foi alvejado com pelo menos 16 tiros. Os disparos teriam sido feitos por criminosos em dois carros e duas motos. O grupo fugiu.

Marido é ouvido pela polícia

A perícia está sendo feita na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, que está à frente das investigações. De acordo com a DH, o marido de Patrícia, que é policial militar, está depondo. Ele não estaria em casa na hora do crime, mas ajudaria com informações sobre a rotina da juíza. Uma equipe da DH foi até a 4ª Vara de São Gonçalo, onde Patricia trabalhava, enquanto outros agentes estão na casa da juíza, em Niterói.

A polícia também analisa imagens das câmeras de segurança do condomínio para onde a vítima havia se mudado havia três meses.

Patrícia era conhecida por atuar com rigor contra grupos de extermínio que agem em São Gonçalo. Na lista de condenações há casos contra milícias e máfias dos combustíveis e dos transportes alternativos.

Ameaça de morte

Familiares disseram que a vítima, de 47 anos, não tinha segurança e já tinha recebido, pelo menos, quatro ameaças de morte. Ela deixa três filhos.

"A Patrícia recebia ameaça. Há pelo menos 5 anos ela vinha sendo ameaçada. Ela era considerada uma juíza linha dura, martelo pesado que chama, condenação sempre na pena máxima. Ela tava assim tão despreocupada que o carro dela não é blindado, também não tem portão eletrônico, quer dizer ela iria sair do carro de qualquer maneira para abrir. Então já era uma coisa encomendada, foi coisa de profissional", diz o primo da vítima, Humberto Nascimento.

O G1 procurou o Tribunal de Justiça do Rio para saber o motivo pelo qual a juíza não tinha segurança, mas ainda não obteve retorno.


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