quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Advogado Técio Lins e Silva afirma que Juiza Patrícia Acioli reclamou que servidor militar do TJ visitava policiais presos pela magistrada





Marcos Nunes

Assassinada com 21 tiros na última quinta-feira, a juíza Patrícia Lourival Acioli procurou a Corregedoria da Polícia Militar, em 2002, para reclamar que um oficial da PM visitava, na cadeia, detentos com prisão preventiva decretada por ela. Segundo o advogado Técio Lins e Silva, que defende os interesses da família da magistrada, a juíza registrou o fato num depoimento prestado na corregedoria.

No mesmo termo, ela mencionou, afirma Técio, que o PM também teria assistido a um julgamento de um agente penitenciário, condenado por ela, a uma pena de 77 anos de prisão. Técio Lins ficou de entregar, hoje, à presidência do Tribunal de Justiça, cópia do documento e de correspondências da juíza, solicitando segurança pessoal.

— Era um um oficial que tinha relações promíscuas com os presos que ela prendia. É um servidor da área militar do TJ e que trabalhava no departamento próprio do tribunal. Este fato está documentado. Ela se queixou muito disso — afirmou Técio Lins e Silva.

O EXTRA apurou que o oficial ainda está lotado no Tribunal de Justiça. Em 2007, a juíza ficou sem escolta. Segundo Lins e Silva, ela teria recusado a oferta de trabalhar com apenas um policial ao saber que oficial era um dos responsáveis pelo órgão.

Filho de bicheiro

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Luiz Zveiter, disse que, em 2009, quando era presidente do TJ, abriu uma investigação para apurar queixa de quatro advogados de PMs, informando que a juíza estaria influenciando jurados.

Segundo Zveiter, em junho do mesmo ano, grampo telefônico feito pela PF, flagrou o filho de um bicheiro mencionando que a juíza "choraria lágrimas de sangue". O Tribunal de Justiça informou que só vai se pronunciar sobre a falta de segurança da juíza após Técio Lins e Silva entregar a cópia dos documentos que diz possuir.




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