sexta-feira, 24 de junho de 2011

Onde está Juan Moraes?

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Desaparecimento de menino após tiroteio comove o Rio de Janeiro

Ele está desaparecido desde segunda-feira (20), quando foi baleado em um confronto entre policiais militares e traficantes. O irmão dele, que também foi ferido, está sob proteção da Polícia Civil.

Uma história está comovendo o Rio de Janeiro: um menino de 11 anos está desaparecido desde segunda-feira (20), quando foi baleado em um confronto entre policiais militares e traficantes. O irmão dele, que também foi ferido, está sob proteção da Polícia Civil.

Uma noite toda acordada ao lado do filho Wesley, de 14 anos. O adolescente levou dois tiros durante uma operação policial, mas se recupera bem dos ferimentos na perna e no ombro. Na porta do hospital, Rosinéia recebe o apoio dos parentes. O filho mais novo, Juan, de 11 anos, está desaparecido desde o tiroteio, há quatro dias, na comunidade Danon, em Nova Iguaçu.

“Todo mundo em casa naquele nervosismo, cadê a criança que não aparece de jeito algum. Tem que ver se tem alguma solução”, disse José Salvador de Jesus, avô dos meninos.

Os irmãos voltavam para casa quando começou um confronto entre PMs e um traficante. Wesley disse que viu Juan baleado. Como também estava ferido não conseguiu socorrê-lo e foi buscar ajuda da mãe em casa. Quando a família chegou ao local do tiroteio, o menino não estava mais lá.

Os três policiais foram ouvidos na delegacia. Eles confirmaram que viram Wesley ser socorrido por moradores. Mas disseram que não ter visto Juan em nenhum momento.

“Cada dia que passa, a esperança é menor, muito pouca mesmo. Não tem nem mais lágrima para chorar, estou sofrendo muito”, contou a mãe.

Nesta sexta-feira (24), o presidente da Comissão de Direitos humanos da Assembleia Legislativa esteve no hospital onde Wesley está internado, com escolta da Polícia Civil.

Durante a visita, a comissão descobriu mais uma vítima do tiroteio. É Wanderson dos Santos de Assis, que levou três tiros pelas costas, segundo os médicos. Ele contou que caminhava ao lado de Wesley e Juan. O jovem de 19 se diz trabalhador, mas está sob custódia como traficante.

Uma checagem no sistema de informações da polícia informa que o rapaz não tinha antecedentes criminais. “Tanto um quanto o outro viram o menino de 11 anos ser atingido e ficar caído ali no local. Então cabe, sem dúvida alguma, à Polícia Civil fazer a investigação. E óbvio, as evidências apontam para uma atuação da Polícia Militar”, declarou o presidente da Comissão Direitos Humanos, Marcelo Freixo.

“Nós abrimos uma sindicância a fim de apurar em que circunstâncias se deu aquele confronto. E também para saber se há, de alguma forma, alguma participação dos policiais militares no desaparecimento desse jovem”, afirmou Sérgio Mendes, comandante do 20º BPM.

A Polícia Militar informou que vai colocar à disposição dos investigadores os dados do GPS da viatura usada na ação e compará-los com o trajeto informado pelos PMs.
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Um comentário:

  1. Desse jovem nao, dessa crianca. Que Deus a proteja se ainda estiver viva, o que se torna cada vez mais dificil de acreditar.

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