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'Não tenho mais lágrimas para chorar', diz mãe de menino sumido no Rio
Garoto de 11 anos despareceu durante operação policial no último dia 20.
PM abriu sindicância para apurar envolvimento de policiais militares.
Do RJTV
A família de Juan, o menino de 11 anos que desapareceu durante uma operação policial no Rio, parece já ter perdido as esperanças de encontrá-lo vivo: "Não tenho nem mais lágrimas para chorar. Não tenho mais nada. Estou sofrendo muito", disse Rosinéia Moraes, mãe de garoto, que está há cinco dias sem notícias do filho.
Segundo os parentes, Juan sumiu depois de ser baleado num tiroteio entre PMs do 20º BPM (Mesquita) e um traficante. A Polícia Militar abriu uma sindicância para apurar se houve envolvimento de policiais no desaparecimento.
Já a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) decidiu investigar o sumiço do menino e pediu à Polícia Civil proteção a Wesley, irmão de Juan, que é testemunha no caso.
Os PMs que participaram da operação contaram na 56ª DP (Comendador Soares) que não viram Juan, apenas o irmão dele, que foi atingido por duas balas perdidas, no ombro e na perna. A mãe do menino diz que ele conta que viu o irmão baleado, mas não conseguiu socorrê-lo porque também estava ferido.
Na sexta-feira (24), o presidente da comissão da Alerj, deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), foi ao hospital visitar Wesley: “Tanto um quanto o outro viram o menino de 11 anos ser atingido e estar caído no local. E óbvio, as evidencias apontam pra uma atuação da Polícia Militar”, disse Freixo.
Outra vítima
E, durante a visita, o deputado descobriu que outra vítima do confronto: um jovem de 19 anos, que levou três tiros pelas costas, e também está internado no hospital. O rapaz, que não tem antecedentes criminais, está sob custódia por ser considerado suspeito de tráfico de drogas. Mas o pai afirma que ele é trabalhador.
"Fui para o Hospital da Posse. Quando me chamaram, estavam os policiais, justamente os que fizeram o disparo. Aí, eles disseram: 'seu filho é um bandido, seu filho está perdido para o tráfico'. Meu filho é trabalhador, tem carteira assinada. Estuda à noite. E trabalha das 8h às 18h30. Sai para a escola de 19h às 22h, todo dia. Como meu filho pode ser bandido?", questiona José Antônio de Assis.
Até agora não houve acusação formal contra os policiais, por isso eles não foram afastados. Os policiais ficarão de fora do Grupo de Ações Táticas (GAT), para não terem que voltar à comunidade.
Dados de GPS
A Polícia Militar do Rio de Janeiro solicitou os dados do GPS da viatura de agentes do GAT do 20º BPM (Mesquita).
De acordo com a polícia, a corporação também vai dar aos agentes da 56ª DP (Comendador Soares) todas as informações apuradas pela sindicância do 20º BPM. O objetivo é tentar esclarecer o que ocorreu no dia da operação.
PS: Os policiais militares já estão afastados... É pouco, tem que serem presos... Existe GPS nas viaturas para localizar onde deixaram o menino Juan... Não é difícil chegar aos culpados, basta empenho e pressão nestas primeiras horas quando todos estão desestabilizados... Se deixar passar um mês se encaminha para arquivamente... JS
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sábado, 25 de junho de 2011
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