sábado, 6 de dezembro de 2014

Anny Vianna e Sandro Tabachi - assassinos de Marcelo Vidal - irão a Juri Popular no dia 09/dezembro/2014, há mais de seis anos após o crime no RJ





 






Mãe que perdeu filho há seis anos convoca ato para dia de júri da viúva
Através de cartas psicografadas, escritas por médiuns, ela passou a consolar quem passa por dramas semelhantes


Francisco Edson Alves

Rio - ‘Ele tinha sonhos. Ela, um plano terrível.Ele era Marcelo, meu único filho. Ela, assassina”. O desabafo de Zely Maria Vidal Leite Ribeiro, de 70 anos, mãe do gerente de banco Marcelo Vidal (morto aos 28 anos com um tiro na nuca, há mais de seis anos, numa emboscada no Andaraí), consta na convocação para ‘um ato por justiça’.

O protesto vai reunir parentes e amigos de Zely e está marcado para 11h, em frente ao Fórum do Rio. Através de cartas psicografadas que ela diz receber do filho, escritas por médiuns, ela passou a consolar outras mães que também passam por dramas semelhantes. Muitas delas estarão no protesto.

Na terça-feira, duas horas depois do ato, no 2º Tribunal do Júri, os acusados do crime, a viúva Anny Viana, de 35, apontada pela Polícia Civil como a mandante da execução (por conta de um seguro de R$ 380 mil que Marcelo tinha feito), e Sandro Tabachi, que também teria participado da trama, vão finalmente a julgamento. Ambos negam envolvimento no assassinato.


“Convido a todos para dizer não à impunidade. Quero ver os matadores atrás das grades”, diz dona Zely. Marcelo Vidal foi executado no dia 15 de abril de 2008 por três homens, quando saía de seu Focus no Condomínio Tijolinho, onde tinha ido jogar futebol, sua paixão. As investigações apontaram que Anny seria a mentora do atentado. O suposto atirador, conhecido como Galinha, foi morto por traficantes no Morro dos Macacos, em Vila Isabel. Outro suposto envolvido no episódio, Alessandro Tabachi de França, o Lequinho, irmão de Sandro Tabachi, também foi assassinado por bandidos.

“Durante esses longos anos, os dois matadores (referindo-se a Anny e a Sandro) estão soltos e curtindo a vida, enquanto eu estou presa na saudade, na dor, na indignação e na tristeza”, descreve Zely, chorando. Desde a tragédia, o raro conforto que recebe são cartas psicografadas e psicofonadas (faladas) por médiuns. Em 2010, Zely lançou um livreto com cinco cartas psicografadas do filho. Ela distribuiu mais de dois mil exemplares em cemitérios a outras famílias enlutadas por mortes cruéis, que, segundo ela, serviram de consolo para parentes das vítimas.

“De 2010 para cá, recebi outras 22 mensagens, que vão compor uma edição mais ampla e que deverá ser editada por uma novelista. Espero também obter patrocínio de um banco”, adianta Zely, revelando que as cartas espíritas de Marcelo falam de paz, de incentivo à vida, de positivismo, de confiança na Justiça e repudiam o ódio. “São bálsamos em meio ao desespero”, diz.

Chico Xavier: mensagens submetidas a pesquisas

O teor de cartas psicografadas é estudado por cientistas e médicos há décadas. Considerado o maior médium do Brasil, Chico Xavier, morto em 2012, acabou de ter suas mensagens submetidas a uma pesquisa científica orientada pelo psiquiatra Alexander Moreira-Almeida, diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG).

A autenticidade das informações de 13 cartas foi comprovada e publicada recentemente na revista científica ‘Explore’, de Amsterdã, na Holanda. As mensagens investigadas teriam sido emitidas pelo espírito do estudante de engenharia Jair Presente, que morreu afogado em Campinas (SP) há 40 anos.





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