terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Faço longas frases...
Espalme tuas mãos geladas que aquecidas já tocaram corpo em chamas fruto da incandescência de emoções que acreditavas não evaporariam entre teus longos dedos...
Indique-me o local exato onde decoraste com arranjos coloridos da paixão correspondida e imaginaste um ninho de perdição que só caberiam dois corpos enebriados pelos transtornos de mentes sintonizadas nas mesmas loucuras partilhadas...
Sussure-me confissões de planos esboçados repartidos em noites de vários dias de sete luas que juraram jamais haveria um amanhecer a clarear a realidade de um sol queimando em adeus dolorido sem fim...
Grite-me teus silêncios que enfartaram teu peito e explodiram num rosto embranquecido escorrido em lágrimas sem som como uma vidraça coberta pela chuva de um final de primavera cinzenta sem luz no Posto Seis...
Descubra o sarcófago depois de interminável marcha à espera do milagre perfeito do amor orado na alcova perfeita que contemplaria os milhões de séculos que iria acolher...
Mostre-me o indissolúvel mistério real da união de dois corpos numa dimensão mística que bloqueava a capacidade da rebelião pessoal da escolha em entregar-se em estremecida eucaristia e teve em suas mãos um cálice sem bênção...
Diz-me por quê não tem esperança e soluças aflita por a vida ter lhe dado tratamento rapidamente rigoroso de incompreensível desamor revelando sentimentos feridos por palavras de irreversível despedida...
Lembra-te que desenlaces corroem ambos corações que continuarão abrigando recordações com uma força assustadoramente cega que perpetuam-se em todas outras sete luas e estrelas tatuadas a pulsar no lado esquerdo das órbitas de lembranças de nós dois...
E, tente dormir...
Pluft!
Jorge Schweitzer
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