quinta-feira, 19 de julho de 2012

Weslei Fernandes de Araújo, 2 anos, está sendo sepultado neste instante







Do R7


Será enterrado na manhã desta quinta-feira (19) no cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, o corpo de Weslei Fernandes de Araújo, de dois anos, morto na última terça-feira (17). O pai e a madrasta do menino são suspeitos de espancar o garoto e estão presos.

O delegado Maurício Mendonça de Carvalho, adjunto da Delegacia da Taquara (32ª DP), zona oeste, que investiga a morte de Weslei, informou na quarta-feira (18) que aguarda os resultados dos exames feitos pelo IML (Instituto Médico Legal) para avaliar se o menino foi torturado.

O corpo do menino foi liberado na quarta-feira do IML. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, parentes estiveram no local para que pudessem providenciar o enterro da criança.

Na tarde de quarta-feira, a irmã do suspeito de cometer o crime e tia da criança prestaram depoimento à polícia. Ela foi a décima pessoa a ser ouvida sobre o caso. Entre os ouvidos estão dois policiais militares e sete vizinhos, que relataram que havia brigas constantes dentro da casa.

O pai do menino foi transferido para o presídio de Bangu 3, na zona oeste. Já a madrasta da criança foi levada para o presídio Joaquim Ferreira de Souza, em Gericinó, também na zona oeste.

A madrasta de Weslei ligou para uma vizinha dizendo que a criança estava desacordada, depois de cair da cama na casa da família, na rua Aurora, na comunidade Rio das Pedras, em Jacarepaguá. Vizinhos foram até a casa e ajudaram a levar Weslei para o Hospital Cardoso Fontes, no mesmo bairro.

Durante o atendimento, a médica de plantão desconfiou da história apresentada pelos pais porque a criança chegou à unidade com traumatismo craniano, vários dentes quebrados, lesões internas por todo corpo e fratura na perna. O menino chegou a ficar em coma na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), mas não resistiu.

A médica decidiu então chamar a polícia e o casal foi preso em flagrante. De acordo com a Polícia Civil, os dois vão responder por tortura com resultado de morte. A pena pode chegar a 21 anos de prisão.

Segundo a polícia, a madrasta do menino jogou a culpa no marido durante seu depoimento. A suspeita disse que o companheiro é usuário de drogas. Já o homem teria dito que só batia no filho para corrigi-lo.

A criança estava há seis meses com o pai. Antes, ela morava em Vitória, no Espírito Santo.


3 comentários:

  1. http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=125455
    Abçs.
    Sérgio.

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  2. Algumas tristes considerações:

    1) PENA DE MORTE é a ÚNICA, ÚNICA RESPOSTA para esses dois monstros. PENA DE MORTE, mais nada. Mas agora serão alimentados com dinheiro público.

    2) ESTAMOS NO BRASIL. Tem que tomar muito cuidado para que alguma ONG ou seita religiosa (católica, evangélica, muçulmana, etc, ou seja, os mesmos criminosos religiosos de sempre) não resolva entrar numa briga para libertar o casal de monstros. Vão dizer que estavam "endemoniados" e serão convertido por jesus e usarão os dois "assassinos convertidos" como "marketing" para suas gangues religiosas.

    3) Se os dois monstros tivessem parentes influentes seriam mesmo presos ou não teriam um arsenal de advogados safados e bandidos inventando todo tipo de farsa para livrar os assassinos da prisão?

    Otávio

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  3. Poucas imagens são tão tristes como a foto publicada na internet com os dizeres: "Corpo de menino de 2 anos foi sepultado no cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá".

    O coveiro ainda com a pá na mão jogando terra sobre o túmulo marcado com o número escrito à mão. O dia chuvoso, o cemitério envelhecido, cruzes com números mal escritos. Tudo parece bastante improvisado. Parece mesmo o reflexo da vida da grande maioria de brasileiros jogados num país ainda com enormes traços medievais. Nascer e morrer na base do improviso. Tudo à nossa volta parece desgastado, poluído, tudo meio tosco.

    Mas o pior de tudo não aparece na imagem porque está debaixo da terra. O corpo de uma criança que foi violentamente torturada justamente por aqueles que deveriam protegê-la. Não há covardia maior. Não há monstruosidade maior. Monstruosidade equivalente talvez seja deixar os assassinos vivos.

    Otávio

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