quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Operação Pandora => Policial da área de inteligência da PCERJ recebia 40 mil para repassar informações para milícianos









R7

Um dos 11 presos na operação Pandora, deflagrada nesta quinta-feira (1º) pela Polícia Civil, MP-RJ (Ministério Público do Rio) e Secretaria de Segurança Pública, é um policial civil que se aposentou no ano passado. Segundo denúncia da Promotoria, ele trabalhava na corregedoria da Polícia Civil e recebia R$ 40 mil por mês para vazar informações à maior milícia que atua na zona oeste da cidade.

Ele também é suspeito de montar operações para combater milícia rival ao grupo comandado pelo ex-deputado estadual Natalino Guimarães e pelo irmão dele, o ex-vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho - ambos presos na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande (MS).

Além do policial civil, foram presos quatro ex-PMs e duas mulheres. Quatro dos suspeitos já estavam presos. Ao todo, são 18 mandados de prisão.

A operação da Draco (Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado e Inquéritos Especiais), com apoio do Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público), e da subsecretaria de inteligência da Secretaria de Segurança Pública também cumpre 33 mandados de busca e apreensão.

Até as 12h20, já tinham sido apreendidos R$ 45 mil e documentos. Ao todo, 150 policiais civis foram mobilizados.

Entre os procurados, está o ex-PM Toni Ângelo Souza de Aguiar, apontado como o braço direito dos irmãos Guimarães e atual chefe da quadrilha. Outros ex-PMs também estão entre os investigados.

Segundo a denúncia, o bando cometia grande variedade de crimes, como homicídios, extorsões, posse e porte ilegais de armas, com o objetivo de "dominação territorial e econômica de toda região por meio da violência e da imposição do terror". Durante as investigações algumas testemunhas foram assassinadas pelos milicianos.

As principais atividades ilícitas praticadas pelos suspeitos, de acordo com os promotores do Ministério Público, são o domínio do transporte alternativo, exploração de máquinas caça-níqueis, monopólio da venda de gás a preços superfaturados, cobrança de taxas de segurança, redistribuição de sinal de TV, mais conhecido como "gatonet", e exploração de depósitos clandestinos de combustível.



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