domingo, 14 de agosto de 2011

Mãe de Douglas Cabral Fidélis, 21 anos, executado por mílicia de Rodrigo Soares Rangel crê que tenha ligação com a morte da Juiza Patrícia Acioli







Guilherme Amado

Madrugada da última sexta-feira, toca o telefone da trabalhadora autônoma X. Era um policial civil de São Gonçalo, seu amigo:

— Mataram a doutora Patrícia! Mataram ela!

A notícia foi uma pancada no peito. X., hoje em um programa de proteção à testemunha e vivendo em outro estado do país, tinha na juíza Patrícia Lourival de Acioli seu anjo da guarda. Com medo, ela acredita que a morte da magistrada tenha a ver com o caso que uniu ambas.

Desde março de 2007, quando o filho de X., o barbeiro Douglas Cabral Fidélis, de 21, foi assassinado por um grupo de extermínio de São Gonçalo, a mulher mergulhou numa odisseia contra a impunidade. O rapaz, que estava em casa com a mulher e amigos, foi torturado e morto com sete tiros.

— Quando levei à doutora Patrícia as provas que eu tinha, ela me apoiou. As pessoas acreditavam que a morte do meu filho não ia dar em nada. — conta X., que recorda a frase que diz ter ouvido de Patrícia:

— Ela me disse “Não se preocupe. Para matar você e sua família, antes vão ter que me matar”.

A promessa foi feita em meio a ameaças que X. sofreu do bando de Rodrigo Soares Rangel, o Rodriguinho. O miliciano condenado a 65 anos e seis meses por Patrícia. No próximo dia 16, os quatro PMs acusados de participar do grupo de extermínio seriam julgados por Patrícia.

— Não é coincidência. Uma coisa teve a ver com a outra. O grupo do Rodriguinho foi o mais prejudicado com as decisões dela.

Pedido de socorro à justiça do Rio

O trabalho de investigação de X. permitiu que outras vítimas fossem identificadas e o grupo tivesse uma pena maior.

— Na quinta-feira, a doutora Patrícia convocou os policiais para o julgamento, no dia 16. Horas depois, ela foi morta.

X. teme por sua vida e de sua família:

— Eu preciso que a Justiça do Rio saiba que tem alguém precisando de socorro e é agora, não depois que morre.

O último contato de X. com Patrícia foi em 25 de junho:

— Abracei, conversei quase duas horas com ela. Foi uma conversa que me deu muita confiança. Eu acreditava que minha família estava segura no Rio por causa dela. Agora, meu desespero é imenso.






Um comentário:

  1. quem está seguro com esta justiça do País?
    Na hora do arrastão para pegar
    o ladrão cadê aquem está seguro com esta justiça do País?
    Na hora do arrastão para pegar
    o ladrão cadê a POLÍCIA? A solução é
    mais policiais no posto foi o que ouvi hoje
    pela manhã de Rodrigo Pimen
    tel na globo; vi que eles comentam e
    não entendem nada; são nulos; não
    querem falar dos verdadeiros fatos
    que assolam a nação que é um minis-
    tério de justiça falido e decadente
    a começar pela cadeira da presidên-
    da república.

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