.
Kleber Tomaz
Do G1 SP
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o assassino da supervisora de vendas Vanessa de Vasconcelos Duarte, de 25 anos, conhecia a vítima.
Em entrevista ao G1, o delegado Zacarias Tadros, titular do setor de homicídios da Seccional de Carapicuíba, mas que fica alocada em Santana de Parnaíba, afirmou que as evidências até agora indicam que mais de uma pessoa participou do crime.
“Existe a possibilidade de o assassino conhecer a moça”, afirmou. O policial afirmou que há a possibilidade de a vítima ter permitido o ingresso do assassino ao veículo do noivo.
O corpo da jovem foi encontrado no domingo, num matagal às margens da Rodovia Raposo Tavares, na Grande São Paulo, um dia após seu desaparecimento.
O cadáver estava seminu, com sinais de que teria sido vítima de violência sexual. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica encontraram preservativos próximos ao corpo que serão analisados para comprovar, ou não, se houve abuso.
A suspeita é que ela tenha sido asfixiada. Há marcas de esganadura no pescoço da vítima.
Para a polícia, Vanessa pode ter sido violentada e morta por pelo menos dois homens.
Até agora, nada aponta para um sequestro-relâmpago.
Isso porque não houve, até a tarde desta segunda-feira, nenhum saque efetuado da conta da vítima.
“Se houver indícios de saque, a investigação muda”, disse o delegado.
A rapidez e a maneira como o corpo e o veículo de Vanessa foram encontrados revelam, na opinião do policial, amadorismo.
O veículo foi abandonado em Vargem Grande Paulista, na região metropolitana, com um princípio de incêndio no banco do motorista. Se o criminoso fosse experiente, “saberia se livrar do carro de outro modo”.
Polícia pedirá quebra dos sigilos de jovem morta na Grande SPA Polícia Civil vai pedir à Justiça a quebra dos sigilos telefônico e do computador da supervisora de vendas.
“Precisamos saber com quem a Vanessa estava conversando. (..) Ainda não há nenhum suspeito sendo investigado”.
Não há informações se o celular da vítima foi encontrado.
O Instituto Médico-Legal (IML) deve divulgar o laudo com a causa da morte nos próximos dias.
Na tarde de sábado (12), a Polícia Militar havia achado em Vargem Grande Paulista o carro que ela estava usando.
O veículo, um Ford Fiesta prata, pertence ao noivo de Vanessa, o gerente Luiz Vanderlei de Oliveira, de 34 anos. O casal morava junto em Barueri.
Nos próximos dias, o delegado Tadros pretende ouvir a irmã gêmea e o noivo da jovem, e outras pessoas que conheciam a vítima, como, por exemplo, o ex-namorado dela. “Eles serão ouvidos na condição de testemunhas. O objetivo é colher informações que possam ajudar na investigação”, disse.
Investigadores vão ao velório para tentar conversar com familiares e tentar obter informações que possam ajudar no caso.
Duas testemunhas que afirmaram à polícia ter visto um homem deixar o carro que era usado por Vanessa em Vargem Grande Paulista deverão fazer nesta segunda o retrato falado do suspeito.
Imagens de câmeras de segurança de imóveis perto da casa onde ela morava com o noivo foram solicitadas pela polícia para tentar identificar a vítima e saber se ela foi abordada ainda no portão.
Segundo os investigadores, Vanessa já teria sido vítima de estelionato.
Há também informações de que testemunhas viram outro veículo próximo ao local onde o carro do noivo foi localizado.
A polícia teria a descrição do automóvel, que poderia ter sido usado na fuga dos criminosos
PS: Fundamental que a Polícia tente encontrar o assassino, ou os assassinos, nas primeiras horas enquanto eles ainda estão agitados e sem tempo para haverem montado simulada estratégia de defesa... JS
Nenhum comentário:
Postar um comentário